06/05/2019
Gestantes e lactantes não podem trabalhar em locais insalubres, diz ministro do STF

A decisão de suspender essa determinação foi do ministro do Superior
Tribunal Federal, Alexandre de Moraes e já está valendo
(Foto: EBC)
Gestantes e mulheres que ainda amamentam (lactantes) não vão poder trabalhar em locais que podem prejudicar a saúde delas e dos bebês. A liberação para o trabalho nos locais insalubres foi um dos itens da CLT alterados pela reforma trabalhista de Michel Temer (MDB-SP), aprovada pelo Congresso Nacional. A reportagem é do Portal CUT.
A decisão de suspender essa determinação foi do ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, na terça-feira 30, e já está valendo, mas ainda precisa ser avaliada pelo plenário da Corte.
A secretária da Mulher Trabalhadora da CUT, Juneia Batista, disse que espera que a liminar de Moraes seja acompanhada pelo pleno da STF. “É preciso anular de uma vez por todas este item da nefasta reforma, que retira das mulheres gestantes e lactantes a proteção à sua saúde e a do seu bebê”, disse.
Antes da reforma trabalhista, visando resguardar a saúde e segurança do trabalho, a gestante ou lactante que trabalhasse em lugar insalubre, de qualquer grau, era realocada para outro local dentro da empresa, sem prejuízo salarial e sem a necessidade de apresentar atestado. Com a nova legislação, que entrou em vigor em novembro de 2017, gestantes e lactantes só teriam o direito de ser afastadas de locais insalubres, de grau médio ou baixo, com atestado médico determinando a necessidade da transferência de setor.
Durante a gestação qualquer exposição a risco, independente do grau, amplia a possibilidade de a mulher ter uma gestação de alto risco com elevado índice de abortamentos, hipertenção, má formação fetal etc. “Não podemos aceitar que em nome do mercado mulheres grávidas sejam expostas a risco à sua saúde e segurança no local de trabalho”, critica a secretária de Saúde do Trabalhador da CUT, Madalena Margarida da Silva. "A decisão do ministro só reafirma a luta por melhores condições de vida e de trabalho", acrescenta.
Já a advogada especializada em direitos das mulheres, Marina Ruzzi, questiona a chance de uma mulher que já está fragilizada emocionalmente e profissionalmente, com medo de perder o emprego, tomar a decisão, junto com seu médico, de pedir o atestado para se afastar do setor. “A mulher nunca levaria o atestado, mesmo colocando em risco o seu bem estar e sua segurança com medo de perder o emprego”.
Um estudo realizado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) em 2017 comprova a afirmação de Marina. Segundo a pesquisa, metade das mulheres que têm filhos perde o emprego em até dois anos depois da licença-maternidade. “O país não pode compactuar com esta medida discriminatória”, destaca Marina.
A decisão de suspender essa determinação foi do ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, na terça-feira 30, e já está valendo, mas ainda precisa ser avaliada pelo plenário da Corte.
A secretária da Mulher Trabalhadora da CUT, Juneia Batista, disse que espera que a liminar de Moraes seja acompanhada pelo pleno da STF. “É preciso anular de uma vez por todas este item da nefasta reforma, que retira das mulheres gestantes e lactantes a proteção à sua saúde e a do seu bebê”, disse.
Antes da reforma trabalhista, visando resguardar a saúde e segurança do trabalho, a gestante ou lactante que trabalhasse em lugar insalubre, de qualquer grau, era realocada para outro local dentro da empresa, sem prejuízo salarial e sem a necessidade de apresentar atestado. Com a nova legislação, que entrou em vigor em novembro de 2017, gestantes e lactantes só teriam o direito de ser afastadas de locais insalubres, de grau médio ou baixo, com atestado médico determinando a necessidade da transferência de setor.
Durante a gestação qualquer exposição a risco, independente do grau, amplia a possibilidade de a mulher ter uma gestação de alto risco com elevado índice de abortamentos, hipertenção, má formação fetal etc. “Não podemos aceitar que em nome do mercado mulheres grávidas sejam expostas a risco à sua saúde e segurança no local de trabalho”, critica a secretária de Saúde do Trabalhador da CUT, Madalena Margarida da Silva. "A decisão do ministro só reafirma a luta por melhores condições de vida e de trabalho", acrescenta.
Já a advogada especializada em direitos das mulheres, Marina Ruzzi, questiona a chance de uma mulher que já está fragilizada emocionalmente e profissionalmente, com medo de perder o emprego, tomar a decisão, junto com seu médico, de pedir o atestado para se afastar do setor. “A mulher nunca levaria o atestado, mesmo colocando em risco o seu bem estar e sua segurança com medo de perder o emprego”.
Um estudo realizado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) em 2017 comprova a afirmação de Marina. Segundo a pesquisa, metade das mulheres que têm filhos perde o emprego em até dois anos depois da licença-maternidade. “O país não pode compactuar com esta medida discriminatória”, destaca Marina.
SINDICALIZE-SE
MAIS NOTÍCIAS
- Conferência Livre de Mulheres do Ramo Financeiro elegeu representantes que defenderão propostas da categoria por igualdade salarial
- Inscrições para Comissões de Diversidade da Caixa vão até 23 de julho
- Movimento sindical denuncia Santander à CVM por possíveis irregularidades contábeis
- Banesprev: Mais um capítulo de luta e resistência contra a retirada de patrocínio
- Câmara aprova PL da Devastação. Veja quais são os riscos que o Brasil corre
- Procon é acionado contra Itaú para garantir plano de saúde a aposentados
- Comissão da Câmara aprova projeto que isenta de IR quem ganha até R$ 5 mil
- Conferência Livre de Mulheres da FETEC-CUT/SP vai debater ‘’Mulheres nos Espaços de Poder e Decisão’’. Veja como se inscrever!
- Encontro Estadual da Fetec-CUT/SP: empregados da Caixa debatem propostas e escolhem representantes para o Conecef
- Em mesa de negociação, empregados reivindicam reajuste zero para o Saúde Caixa
- Com participação do Sindicato, é realizada a primeira reunião do Comitê de Credenciamento e Descredenciamento SP Interior do Saúde Caixa
- Desequilíbrio tributário faz governo perder R$ 200 bilhões anuais
- Conferência Livre de Mulheres no Ramo Financeiro acontece nesta quinta-feira (17); ainda é possível inscrever-se!
- Sindifisco propõe mudanças no projeto de isenção de IR para quem ganha menos
- Se tem direitos, tem Sindicato: dada à largada na Campanha de Sindicalização 2025!