24/01/2019

Defender a Caixa Federal é defender o Brasil!


 


A convocação dos aprovados no concurso de 2014 é uma antiga reivindicação dos trabalhadores e do movimento sindical, que consta no Acordo Coletivo de Trabalho de 2015, mas que nunca foi cumprida mesmo após intervenção do Ministério Público do Trabalho (MPT). Desde 2014, quando atingiu o ápice do número de empregados, o banco público eliminou mais de 15 mil postos de trabalho, passando de 101 mil para os atuais 86 mil.

 



 
Esse movimento de redução motivou inúmeros protestos do movimento sindical. O Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região deflagrou dezenas de manifestações. Na defesa do papel dos bancos públicos, realizou audiência pública na Câmara Municipal de Catanduva, além de diversas atividades como atos públicos nos Dias Nacionais de Luta em defesa do banco e seu papel social, panfletagens e reuniões nas agências para debater sobre o tema.

Também foram recolhidas assinaturas da população em defesa dos bancos públicos e pela contratação de mais empregados. 

Ainda na década de 2000, a luta dos empregados e do movimento sindical garantiu a substituição dos terceirizados por empregados concursados por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta firmado com o Ministério Público do Trabalho que proibiu a terceirização da atividade fim na Caixa.

Desde 2007, a campanha “Mais empregados para Caixa, Mais Caixa para o Brasil” continua percorrendo as agências onde a falta de empregados é mais evidente para dialogar com a população sobre a importância da defesa dos bancos públicos.

Convocação de concursados: Sindicato irá cobrar esclarecimentos

Diante da cada vez mais evidente falta de bancários e da sobrecarga de trabalho crescente, a direção da Caixa informou aos empregados, via intranet, que irá contratar os concursados de 2014. Uma reunião entre os representantes dos empregados e do banco será realizada em 1º de fevereiro, quando serão cobrados esclarecimentos sobre o anunciado internamente.

O encolhimento da empresa pública se intensificou a partir de 2016, quando planos de demissão voluntária eliminaram 10 mil postos de trabalho. Paralelamente a essa redução, o governo Temer permitiu o saque das contas inativas do FGTS, o que aumentou ainda mais a sobrecarga de trabalho.

A redução do número de bancários e do fechamento de agências veio acompanhada do encolhimento do papel da Caixa como banco indutor de políticas sociais.  

“Essa redução, principalmente de 2016 para cá, faz parte de um golpe visando a redução da relevância da Caixa para a sociedade brasileira, a fim de aumentar o espaço para os bancos privados. Vemos um reflexo disso na política de juros. Em 2012, os bancos públicos lideraram um processo de intensa redução do custo do crédito, o que obrigou os bancos privados a também diminuírem o spread bancário, resultando em um mercado de juros mais acessível e diluindo os efeitos da crise financeira internacional”, lembra Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa).

 


A redução do papel social da Caixa pode ser constatada no custo do crédito imobiliário. Desde 2017, a linha de empréstimo para aquisição da casa própria voltada para a classe média, por exemplo, é mais cara do que a ofertada pelos bancos privados, que mês a mês figuram na frente do banco público nessa modalidade de empréstimo.

O sucateamento da Caixa e redução do seu papel social não interessa a ninguém, a não ser aos bancos privados que ganharão mercado com o encolhimento da empresa pública. A Caixa é um patrimônio do povo brasileiro e deve ser defendida a todo custo pela sociedade e empregados que perderão muito com o seu enfraquecimento.

"Há anos, o Sindicato denuncia a falta de trabalhadores no banco e luta por melhores condições de trabalho. O Brasil precisa de uma Caixa Econômica Federal forte, e isso só é possível com a contratação de mais empregados. Defendemos a importância da Caixa como banco 100% público, fundamental para o desenvolvimento social e econômico do país, que não pode ter sua atuação reduzida", defende o presidente do Sindicato, Roberto Carlos Vicentim.




 
Fonte: Seeb SP, com edição de Seeb Catanduva

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