19/12/2018
STF vai julgar legalidade de demissão de trabalhadores de empresas públicas

Prédio do Supremo Tribunal Federal
(Foto: Wikicommons Images)
O Supremo Tribunal Federal irá julgar se é constitucional a “dispensa imotivada de empregado de empresa pública e de sociedade de economia mista admitido por concurso público”. A questão foi motivada por um processo movido no Ceará e terá repercussão geral – ou seja, a constitucionalidade será ou não reconhecida e a decisão se aplicará para outros casos semelhantes.
Com a morte do relator sorteado, Teori Zavascki, assumiu o processo o seu sucessor, Alexandre de Moraes.
Roberto Carlos Vicentim, presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, explica que a decisão poderá acarretar em mais prejuízos para os trabalhadores das empresas estatais, sobretudo para os funcionários dos bancos públicos, como Caixa e BB.
"O novo governo já salientou que pretende priorizar a pauta das privatizações. Diante das investidas de entrega do patrimômnio público ao setor privado, o resultado desta ação pode significar mais um retrocesso nos direitos dos trabalhadores, que já sofrem ameaças de descomissionamento – e também para toda a sociedade, que sofre com os serviços precarizados em decorrência do número defasado de funcionários”, protesta o dirigente.
“É uma decisão de repercussão geral para um tema muito importante para os trabalhadores, que não tem data para julgamento ainda. Provavelmente será julgado no segundo semestre de 2019, mas como estamos entrando em um governo que não sabemos o que vem, pode haver uma pressão para que seja julgado de imediato”, avalia Renata Cabral, advogada do Crivelli Associados, escritório que presta assessoria jurídica para o Sindicato.
Na fase inicial da ação no STF, Alexandre de Moraes registrou que “Na origem, João Erivan Nogueira de Aquino e mais quatro litisconsortes propuseram reclamação trabalhista em face do Banco do Brasil S.A. Narram os autores que, após regular aprovação em concurso público, vinham desempenhando suas atividades como empregados da instituição financeira ré. Informam que, no mês de abril no ano de 1997, receberam cartas da direção do Banco comunicando sumariamente suas demissões.
Continua o relator: “Sustentam que, por se submeterem aos princípios constitucionais da legalidade, da impessoalidade, da moralidade e da publicidade, expressamente indicados no caput do art. 37 da Constituição de 1988, as sociedades de economia mista não podem praticar a dispensa imotivada de seus empregados."
Com a morte do relator sorteado, Teori Zavascki, assumiu o processo o seu sucessor, Alexandre de Moraes.
Roberto Carlos Vicentim, presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, explica que a decisão poderá acarretar em mais prejuízos para os trabalhadores das empresas estatais, sobretudo para os funcionários dos bancos públicos, como Caixa e BB.
"O novo governo já salientou que pretende priorizar a pauta das privatizações. Diante das investidas de entrega do patrimômnio público ao setor privado, o resultado desta ação pode significar mais um retrocesso nos direitos dos trabalhadores, que já sofrem ameaças de descomissionamento – e também para toda a sociedade, que sofre com os serviços precarizados em decorrência do número defasado de funcionários”, protesta o dirigente.
“É uma decisão de repercussão geral para um tema muito importante para os trabalhadores, que não tem data para julgamento ainda. Provavelmente será julgado no segundo semestre de 2019, mas como estamos entrando em um governo que não sabemos o que vem, pode haver uma pressão para que seja julgado de imediato”, avalia Renata Cabral, advogada do Crivelli Associados, escritório que presta assessoria jurídica para o Sindicato.
Na fase inicial da ação no STF, Alexandre de Moraes registrou que “Na origem, João Erivan Nogueira de Aquino e mais quatro litisconsortes propuseram reclamação trabalhista em face do Banco do Brasil S.A. Narram os autores que, após regular aprovação em concurso público, vinham desempenhando suas atividades como empregados da instituição financeira ré. Informam que, no mês de abril no ano de 1997, receberam cartas da direção do Banco comunicando sumariamente suas demissões.
Continua o relator: “Sustentam que, por se submeterem aos princípios constitucionais da legalidade, da impessoalidade, da moralidade e da publicidade, expressamente indicados no caput do art. 37 da Constituição de 1988, as sociedades de economia mista não podem praticar a dispensa imotivada de seus empregados."

O relator do caso no Supremo Tribunal Federal, ministro Alexandre de Moraes
Moraes registra ainda que “pedem que o Banco seja condenado a reintegrar-lhes a seus empregos e a pagar-lhes o valor correspondente aos salários e às vantagens que deixaram de auferir em virtude dos atos ilícitos cometidos.”
O Ministro lembra ainda que os reclamantes ganharam na primeira instância, mas recurso ordinário interposto pelo Banco do Brasil foi acolhido pelo Tribunal Regional do Trabalho da 7ª Região. “Os prejudicados recorreram então ao TST, que manteve a decisão do regional, na linha de que “não se exige da ora recorrida o dever de motivar a dispensa de seus empregados, nos termos do exercício do direito potestativo assegurado pelo artigo 173, parágrafo 1º, da Constituição Federal e pela Orientação Jurisprudencial 247 da SBDI1 do TST.”
A orientação jurisprudencial do TST considera que o STF terá de confirmar ou não se: “A despedida de empregados de empresa pública e de sociedade de economia mista, mesmo admitidos por concurso público, independe de ato motivado para sua validade”.
Ao apresentar a proposta no plenário da corte, o ministro-relator Alexandre de Moraes ressaltou que a 1ª Turma do STF já entendeu “relevante” a controvérsia constante dos autos do RE 688.267, por envolver o Banco do Brasil, “empresa estatal com forte presença no domínio econômico”. E por ter “potencial de afetar milhares de relações de trabalho e de repercutir na atuação dos bancos públicos no mercado financeiro”.
A questão terá repercussão também em outros recursos em curso nos tribunais trabalhistas de autoria de servidores, celetistas concursados, sobretudo da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT).
A favor do julgamento do caso pelo plenário do STF, com repercussão geral para todas as instâncias, acompanharam o relator os ministros Marco Aurélio, Luiz Fux, Rosa Weber, Celso de Mello, Carmen Lúcia, Edson Fachin e Dias Toffoli.
SINDICALIZE-SE
MAIS NOTÍCIAS
- Operadora chinesa de cartões vai atuar no Brasil, diz site; entenda!
- Bancárias comemoram lei que prevê cota feminina em conselhos de empresas públicas
- Live dos eleitos discute desempenho da Previ e conquistas dos associados
- FGTS distribuirá quase R$ 13 bilhões do lucro de 2024
- Lei de Cotas para pessoas com deficiência completa 34 anos com avanços e desafios
- Trump ataca Pix por interesse bilionário em favor dos EUA contra os brasileiros
- Justiça condena homem por racismo contra vigilante em agência bancária
- 17ª Plenária Estatutária da CUT-SP debate estratégia de luta da classe trabalhadora
- Itaú anuncia substituição de gerentes por Inteligência Artificial
- Clube dos Bancários funcionará no feriado do dia 11 de agosto!
- Impactos da IA são irreversíveis e exigem participação de trabalhadores para transição segura
- Sndicato leva Plebiscito Popular às ruas por um Brasil mais justo e com trabalho digno
- Economus: Conselheiros eleitos cobram isonomia de direitos para todos os trabalhadores do BB
- Nova Tabela PIP é aprovada pela Previc, em vitória histórica dos associados do Previ Futuro
- Por reajuste zero, Sindicato participa de Dia Nacional de Luta em Defesa do Saúde Caixa