19/11/2018

Desemprego entre os negros é maior do que a taxa nacional, demonstra pesquisa do IBGE


(Foto: Reprodução)

 
A crise econômica, política e social no Brasil, agravada pelo golpe de 2016, atingiu mais fortemente os trabalhadores e trabalhadoras negros, aumentando ainda mais a histórica desigualdade racial no mercado de trabalho do país, como mostra pesquisa divulgada na quarta-feira (14), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 2012, do total de 7,6 milhões de pessoas desempregadas no país, 59,1% eram negros e negras (48,9% pardos e 10,2% pretos, como denomina o IBGE) e 40,2% eram brancos.

No terceiro trimestre deste ano, o número de desempregados subiu para 12,5 milhões. Deste total, 64,2% eram negros e negras (52,2% pardos e 12% pretos). Já a participação dos brancos nesse contingente de desocupados reduziu para 34,7%.

Ainda segundo o IBGE, a taxa de desocupação dos que se declararam brancos no terceiro trimestre de 2018 foi de 9,4%. Já a taxa dos pardos e pretos foi de 14,6% e 13,8%, respectivamente, superiores à taxa nacional de 11,9%.

No terceiro trimestre de 2018, os pardos e pretos passaram a representar 56,3% da população fora da força de trabalho, seguidos pelos brancos (42,5%).

> Dia da Consciência Negra – Data para manter viva a memória sobre questões raciais

Para o presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Roberto Carlos Vicentim, ainda há uma resistência forte na contratação de negros no setor bancário, que precisa ser combatida através da luta por uma sociedade mais justa e igualitária.

"O Sindicato, como defensor dos direitos dos trabalhadores e entidade cidadã, tem como uma de suas principais bandeiras lutar contra uma falha histórica da sociedade, que se reflete com força no setor financeiro. A população brasileira ultrapassa os 200 milhões de habitantes e os negros representam mais de 55% desse total. Devemos continuar lutando contra toda forma de violência e discriminação racial, visando um ambiente bancário com igualdade de oportunidades para todos", conclui Vicentim.
Fonte: CUT, com edição de Seeb catanduva

SINDICALIZE-SE

MAIS NOTÍCIAS