23/03/2018
Bancos foram os maiores beneficiados com o Refis. Governo deve perdoar cerca de R$ 62 bi

Refis do governo Temer foi especialmente generoso com os bancos
(Foto: Beto Barata/PR)
Os bancos, setor mais lucrativo da economia, foram os maiores beneficiados com o Refis, programa de parcelamento de débitos tributários da União. Itaú, Santander, Safra e Rural tiveram abatimento de mais da metade das suas dívidas pelo governo federal. Juntos, os quatro bancos negociaram uma dívida total de R$ 657,3 milhões, mas terminaram se comprometendo a pagar apenas R$ 302 milhões.
Em 2017, o Itaú obteve o maior lucro da história de uma instituição financeira no país, R$ 24,8 bilhões, crescimento de 12,3% em relação a 2016. Por sua vez, o Santander tem no Brasil sua maior fonte de lucro em todo o mundo. No ano passado teve o seu melhor resultado no país, embolsando mais de R$ 9 bilhões, crescimento de 35,6% em 12 meses. Mesmo com estes resultados impressionantes, os bancos no Brasil seguem cortando postos de trabalho. Juntos, Itaú, Santander e Bradesco extinguiram quase 18 mil empregos. Qual a razão para que um setor que lucra bilhões e que não contribui com o nível de emprego no país seja beneficiado com o perdão de dívidas milionárias?
"O comportamento do governo contradiz todo o discurso de austeridade fiscal e demonstra quem são os maiores beneficiados por suas políticas", critica Roberto Carlos Vicentim, presidente do Sindicato.
Enquanto congela investimentos públicos por 20 anos, inclusive em saúde e educação, rasga a CLT com a reforma trabalhista - que teve a colaboração dos bancos, e tenta impor o fim da aposentadoria pública, Temer abre mão de receitas milionárias com o perdão de dívidas do setor financeiro.
Refis
O perdão concedido pelo governo federal no parcelamento de débitos tributários, o Refis, deve chegar a R$ 62 bilhões, o dobro do calculado inicialmente pela Receita Federal. Isso porque, diferente da primeira versão do programa, o Refis aprovado tem regras mais generosas, que permitem descontos de até 70% em multas e 90% nos juros.
As regras mais generosas no Refis são fruto da pressão de parlamentares, muitos com débitos com a União. Temer cedeu à pressão, de olho na votação da reforma da Previdência, que acabou sendo engavetada devido à mobilização dos trabalhadores de diversas categorias, incluídos os bancários.
Em 2017, o Itaú obteve o maior lucro da história de uma instituição financeira no país, R$ 24,8 bilhões, crescimento de 12,3% em relação a 2016. Por sua vez, o Santander tem no Brasil sua maior fonte de lucro em todo o mundo. No ano passado teve o seu melhor resultado no país, embolsando mais de R$ 9 bilhões, crescimento de 35,6% em 12 meses. Mesmo com estes resultados impressionantes, os bancos no Brasil seguem cortando postos de trabalho. Juntos, Itaú, Santander e Bradesco extinguiram quase 18 mil empregos. Qual a razão para que um setor que lucra bilhões e que não contribui com o nível de emprego no país seja beneficiado com o perdão de dívidas milionárias?
"O comportamento do governo contradiz todo o discurso de austeridade fiscal e demonstra quem são os maiores beneficiados por suas políticas", critica Roberto Carlos Vicentim, presidente do Sindicato.
Enquanto congela investimentos públicos por 20 anos, inclusive em saúde e educação, rasga a CLT com a reforma trabalhista - que teve a colaboração dos bancos, e tenta impor o fim da aposentadoria pública, Temer abre mão de receitas milionárias com o perdão de dívidas do setor financeiro.
Refis
O perdão concedido pelo governo federal no parcelamento de débitos tributários, o Refis, deve chegar a R$ 62 bilhões, o dobro do calculado inicialmente pela Receita Federal. Isso porque, diferente da primeira versão do programa, o Refis aprovado tem regras mais generosas, que permitem descontos de até 70% em multas e 90% nos juros.
As regras mais generosas no Refis são fruto da pressão de parlamentares, muitos com débitos com a União. Temer cedeu à pressão, de olho na votação da reforma da Previdência, que acabou sendo engavetada devido à mobilização dos trabalhadores de diversas categorias, incluídos os bancários.
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