Novo PDV: Governo insiste em desmontar Caixa para beneficiar os bancos privados
“O problema não é a adesão dos que decidem sair. O problema é para os que ficam, já que desde 2014 o banco reduziu em 14 mil o total de empregados. Há menos trabalhadores, mas as metas não são menores, e não houve novas contratações, piorando as condições de trabalho e atendimento”, avalia a representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa, Rita Serrano.
Ela destaca, ainda, que é preciso ter claro que há em curso um processo de desmonte do banco público promovido pelo governo golpista de Michel Temer e seus aliados no Congresso. Além da precarização com o corte de empregados, projetos privatistas já envolvem a Lotex, os cartões e os seguros.
A própria recusa do governo em capitalizar a Caixa e o impedimento de utilização dos recursos do FGTS para esse fim indicam beneficiamento ao mercado – e essa é a segunda notícia relacionada ao banco divulgada na última semana: as instituições privadas já se articulam para abocanhar a linha pró-cotista (investimento de imóveis) do Fundo. Essa linha é considerada o “filé” do mercado imobiliário e do próprio fundo. Obviamente, os privados não têm interesse no financiamento de obras de saneamento e mobilidade urbana.
Participação
“É evidente que o governo trabalha para diminuir a importância da Caixa no sistema financeiro e favorecer os bancos privados”, denuncia Rita. Ela lembra que, nesse momento, a união e resistência dos empregados é fundamental, adiantando que é preciso contar cada vez mais com representantes comprometidos com a defesa dos interesses dos trabalhadores e do banco público. “Justamente por isso alerto para a importância das eleições deste ano. Possíveis candidatos à presidência, como Geraldo Alckmin, do PSDB, já falam em privatizar o banco, e a continuidade da Caixa pública está umbilicalmente vinculada ao projeto de governo que ganhar a eleição”, explica.
Antônio Júlio Gonçalves Neto, diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região também ressalta a importância da união de todos, sociedade e empregados, na luta em defesa de um dos principais patrimônios públicos brasileiros, e alerta que com qualquer ameaça de privatização pode trazer mudanças significativas em seu papel social, na gestão e no relacionamento com os trabalhadores e trabalhadoras.
"A Caixa é responsável pela execução de diversas políticas públicas em áreas fundamentais para o desenvolvimento do país, que, se privatizada, deixarão de existir. Com uma busca maior pelo lucro, aumentará a pressão por metas, bem como o adoecimento dos bancários e bancárias e a sobrecarga de trabalho. Também é importante destacar que quando a lucratividade se torna o principal objetivo de um banco, ocorre a segmentação do seu público, ou seja, prioriza-se as pessoas de alta renda, excluindo as camadas populares dos serviços bancários, maior parcela da população. É preciso lutar e resistir ao demonte!"
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