Mercado fechou vagas em 2017 e pagou menos aos contratados

O país fechou 2017 com menos 20.832 postos formais de trabalho, redução de menos 0,05% no estoque, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado na sexta-feira (26) pelo Ministério do Trabalho. Embora em ritmo menor, é o terceiro ano negativo. Indústria, construção civil e administração pública fecharam empregos com carteira, enquanto comércio, serviços e agropecuária tiveram crescimento. O estoque de empregos com carteira é agora de 38,3 milhões.
O corte atingiu, principalmente, mulheres e pessoas de menor escolaridade. De acordo com o Caged, entre os demitidos estão quase 189 mil trabalhadores com fundamental incompleto e 140 mil completo, enquanto o número de empregados com ensino médio aumentou em 303 mil. O mercado de trabalho tem 21.694 homens a mais e 42.526 mulheres a menos.
Como tem acontecido há algum tempo, o salário dos contratados é menor do que a remuneração dos demitidos. Em dezembro, o salário médio de admissão, conforme o Caged, foi de R$ 1.476,35, ante R$ 1.701,51 recebido pelos trabalhadores dispensados.
As funções que tiveram mais contratação em 2017 foram de alimentador de linha de produção, faxineiro, atendente de loja, embalador à mão e auxiliar de escritório. E as que mais tiveram corte foram pedreiro, supervisor e gerente administrativo, vigilante e gerente de loja/supermercado.
O setor que mais eliminou vagas foi a construção civil: 103.968 (-4,63%). A indústria de transformação fechou 19.900 (-0,27%), enquanto a administração pública, praticamente estável, perdeu 575 (-0,07%). O comércio abriu 40.087 (0,44%) e os serviços, 36.945 (0,22%). A maior alta foi da agropecuária, com 37.004 (2,41%).
Apenas no último mês do ano, como historicamente ocorre, houve redução do número de empregos: foram fechados 328.539 postos de trabalho (-0,85%). Só houve pequeno aumento no comércio, com 6.285 (0,07%). A indústria cortou 110.255 (-1,50%) e os serviços, 107.535 (-0,64%). Percentualmente, as maiores quedas foram apuradas na agropecuária (-2,76%, com menos 44.339 trabalhadores formais) e na construção (-2,39%, menos 52.157).
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