20/11/2017

20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra

O dia 20 de novembro é o Dia Nacional da Consciência Negra. A data foi estabelecida pelo projeto lei número 10.639, no dia 9 de janeiro de 2003. Ela foi escolhida a data de 20 de novembro, pois foi neste dia, no ano de 1695, que morreu Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares.

A homenagem a Zumbi foi mais do que justa, pois este personagem histórico representou a luta do negro contra a escravidão, no período do Brasil Colonial. Ele morreu em combate, defendendo seu povo e sua comunidade. Os quilombos representavam uma resistência ao sistema escravista e também uma forma coletiva de manutenção da cultura africana aqui no Brasil. Zumbi lutou até a morte por esta cultura e pela liberdade do seu povo.

A criação desta data foi importante, pois serve como um momento de conscientização e reflexão sobre a importância da cultura e do povo africano na formação da cultura nacional. Para Almir Aguiar, secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, diante dos ataques conservadores na atual conjuntura, é fundamental debater o racimo com mais intensidade no Mês da Consciência Negra. “As reformas do governo golpista atingem em cheio a população mais pobre e negra do nosso país, é a perda de direitos com a reforma trabalhista, o freio no Minha Casa Minha Vida, na farmácia popular e na redução do valor do salário mínimo. Não vejo como um mês de comemoração, mas de muita luta e reflexão para apontar caminhos para uma sociedade mais justa e igualitária.”

O Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região reforça a importância da luta pela igualdade racial neste novembro, mês da Consciência Negra, e cobra ações afirmativas de inserção para a população negra. Além de cotas de contratação, a igualdade racial deve ser garantida através de planos de cargos e salários com regras objetivas e transparentes em todas as instituições financeiras, principalmente nos bancos públicos e privados.

"A discriminação racial ainda é responsável por boa parte das desigualdades sociais do Brasil. O preconceito é resultado não somente da discriminação ocorrida no passado, mas de um processo ainda muito ativo de estereótipos raciais enraizados por muito tempo. Precisamos reverter esse quadro e promover um modelo de desenvolvimento no qual a diversidade seja um dos seus pilares e no qual prevaleça a cultura da inclusão e da igualdade", destaca o presidente do Sindicato Roberto Carlos Vicentim.

Clique aqui e veja a distribuição de bancários por raça/cor e por faixas de remuneração, de acordo com a Rais 2016.

Fonte: Contraf-CUT, com edição de Seeb Catanduva

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