09/11/2017

Audiência na Alesp intensifica mobilização da categoria em defesa dos bancos públicos

O movimento sindical bancário entregou ao deputado Marcos Martins (PT), durante audiência em defesa dos bancos públicos, realizada na noite de terça-feira (7), na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), na capital paulista, um pedido para que seja criada uma frente parlamentar em defesa dos bancos públicos.

“Não tem sido fácil, deputado, construir esse diálogo pelo Brasil, pois temos encontrado poucos amigos do povo nas casas legislativas do país. Por isso, primeiramente quero agradecê-lo pela abertura deste espaço”, disse Roberto von der Osten, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), ao abrir sua fala.

O presidente da Contraf-CUT destacou a importância e o papel das audiências que estão sendo realizadas em todo o país. “Elas servem para dar visibilidade e para dialogarmos com a sociedade brasileira sobre o sucateamento dos bancos públicos. Estão demitindo funcionários e reduzindo a capacidade de investimento para dar a impressão de que os bancos públicos não prestam um bom serviço à população e devem ser privatizados para os serviços melhorarem”, destacou Roberto von der Osten, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Para o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, que participou da audiência pública, uma das lutas que deve mobilizar toda a sociedade neste momento é a de manter a Caixa 100% pública, já que está clara a ameaça de abrir o capital do banco. Ele lembrou a campanha “Defenda a Caixa você também”, que a Fenae está promovendo com apoio de outras entidades do movimento associativo e sindical, a fim de envolver não apenas os empregados, mas toda a sociedade.

“Só empresas com esse papel na sociedade brasileira podem atender a população mais carente.  Claro que existem dificuldades a serem enfrentadas em seu funcionamento, mas a sociedade não pode prescindir e abrir mão de uma empresa que cumpre tal papel. Quem vai atender os programas sociais como Bolsa Família, Fies [Fundo de Investimento Estudantil], Minha Casa Minha Vida, o direito à moradia nos lugares mais remotos do país? É a Caixa. São as empresas públicas”, frisou o presidente da Fenae.

Para a representante dos empregados da Caixa no Conselho de Administração, Rita Serrano, que também coordena o Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, “o governo decidiu desmontar a Caixa e vender barato. Todas as linhas de financiamento podem ser fechadas por falta de capital até o final do ano. O momento é grave e exige a ampliação dos debates com parlamentares, prefeitos, governadores e a sociedade. Vamos usar nossa capacidade de articulação e mobilização e resistir.

De acordo com o diretor da Fenae e coordenador da CEE/Caixa, Dionísio Reis, a audiência pública na Alesp foi uma importante oportunidade para angariar apoio entre os deputados estaduais na defesa dos bancos públicos. “Queremos que a audiência da Alesp seja decisiva para a criação de uma frente parlamentar estadual em defesa dos bancos públicos”.

Fonte: Fenae

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