Caixa Econômica Federal obriga trabalhadores a assinarem acordos individuais com gestores

O programa Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP) da Caixa continua a ser tema recorrente em discussões entre as entidades representativas do setor. Entre os maiores absurdos do programa está a assinatura de acordo individual entre o bancário e a empresa, algo que constrange mais ainda o trabalhador.
O programa acentua a precarização das condições de trabalho nas agências e aumenta os casos de adoecimento. O GDP prevê metas individuais e, ao estabelecer um contrato individual entre o empregado e o gestor imediato, fere os princípios coletivos da relação de trabalho. "Questões como aumento da competitividade entre colegas e, com isso, a geração de conflitos dentro das próprias equipes serão agravadas. Também vai possibilitar o crescimento do número de casos de adoecimentos e piorar consideravelmente as condições de trabalho com o aumento dessas disputas. Repudiamos a intransigência da Caixa em permanecer com o GDP", explica o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região e funcionário da Caixa, Antônio Júlio Gonçalves Neto.
Outro ponto a ser levado em consideração é que a Caixa, em julho, ampliou o GDP para todos os trabalhadores com o objetivo de estabelecer metas inatingíveis, retirar a função dos empregados, fragilizar as relações de trabalho e implementar a meritocracia. Como consequências do programa da Caixa, estão o aumento do adoecimento e níveis de estresse elevados e piora no clima organizacional e nas condições de trabalho.
Histórico
A implantação do GDP começou em 2015, sem qualquer discussão com os representantes dos empregados. Em maio daquele ano, Contraf-CUT e Fenae iniciaram uma ampla campanha de conscientização e mobilização contra o programa. Na ocasião, foram divulgadas uma nota de repúdio das entidades e uma cartilha. Esta última publicação foi impressa e enviada para todos os trabalhadores do banco.
De lá para cá, o GDP foi tema de diversas reuniões da mesa permanente de negociações. Apesar da pressão das entidades sindicais e do movimento associativo, a Caixa manteve a intransigência.
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