Saúde: Itaú desrespeita bancários adoecidos e volta a questionar atestados médicos
Bancários adoecidos do Itaú voltaram a ser desrespeitados e tratados como mentirosos. O Sindicato dos Bancários de São Paulo divulgou matéria relatando ter recebido diversas denúncias de que atestados médicos apresentados pelos funcionários têm sido questionados pelo médico do trabalho do banco, que acaba determinando o retorno do bancário mesmo quando ele comprova que está inapto.
O diretor do Sindicato e bancário do Itaú Maikon Azzi explica que o problema decorre novamente do sistema implementado pelo banco em agosto do ano passado e que prevê avaliação clínica complementar, em polos administrativos do Itaú, nos casos de afastamento igual ou superior a cinco dias.
“Ocorreu o mesmo problema em 2016. Os bancários denunciaram que os laudos de seus médicos estavam sendo desconsiderados pelo médico do trabalho. Na ocasião, procuramos o Itaú e a questão foi resolvida. Agora novamente os trabalhadores voltaram a denunciar o mesmo desrespeito”, conta o dirigente.
Maikon acrescenta que um dos casos foi o de um bancário que teve de se afastar por mais de 15 dias e não foi encaminhado para a perícia do INSS. “Nesse caso, o banco deveria conceder o DUT [Documento do Último Dia Trabalhado] para que o trabalhador pudesse encaminhar a perícia. Mas o médico do trabalho o considerou apto e ele não recebeu o documento. O DUT só foi concedido depois que o Sindicato interveio junto à área de relações sindicais.”
O Sindicato já procurou o Relações Sindicais do banco que ficou de verificar a questão. “Estamos aguardando a resposta, mas já deixamos claro que se isso não for resolvido faremos ações sindicais e apresentaremos denúncia ao Ministério Público do Trabalho”, informa Maikon.
O diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Carlos Alberto Moretto, esclarece que atestados médicos não podem ser refutados pelo banco e critica o comportamento do banco ao questionar a idoneidade moral do trabalhador e do próprio médico que o atendeu inicialmente.
“Além de ser um exemplo de falta de ética profissional, é um desrespeito com o trabalhador. Se ainda não bastasse, os bancários que adoecem são vítimas de discriminação, assédio moral e os primeiros a serem demitidos por performance. É inadmissível."
Moretto orienta os trabalhadores que passarem pelo mesmo problema a denunciarem ao Sindicato por meio da ferramenta Denuncie, no site da entidade, ou diretamente a um dirigente sindical. A identidade do denunciante é mantida em total sigilo.
MAIS NOTÍCIAS
- Trabalhadores denunciam: BC atua como inimigo do país com a prática de juros altos
- Participação dos trabalhadores na gestão das empresas é de interesse público
- Sindicato denuncia abusos do Santander no Dia Nacional de Luta e reafirma defesa dos bancários
- Novas regras do saque-aniversário do FGTS entram em vigor
- Trabalhadores vão às ruas, nesta terça-feira (4), para exigir queda na Selic
- Enquete da Câmara confirma rejeição da população à Reforma Administrativa
- Centrais Sindicais se reúnem com ministro Boulos para debater pautas da Classe Trabalhadora
- Nota de Falecimento: Antônia Garcia de Freitas
- Brasil bate novo recorde de carteira assinada, no rendimento real e na queda de desemprego
- Bradesco segue demitindo enquanto lucro cresce 28,2%
- 30 de outubro de 1985: a greve das 6 horas que parou a Caixa completa 40 anos
- CUT repudia Operação Contenção que deixou dezenas de mortos no RJ
- Após cobrança do movimento sindical, BB retoma substituições temporárias
- Lucro do Santander cresce 15,1% em nove meses e chega a R$ 11,5 bilhões, enquanto banco segue fechando postos de trabalho
- PL 1739 é mais uma vez retirado da pauta de votação da CAS do Senado