Senado aprova reforma trabalhista sob protesto dos trabalhadores

O plenário do Senado aprovou o projeto de lei (PLC 38) de "reforma" da legislação trabalhista. Apesar dos protestos de trabalhadores de todo o país, que vieram à Brasília, para pressionar os senadores, o projeto teve 50 votos a favor e 26 contrários, com uma abstenção. A votação foi concluída na noite desta terça-feira (11), depois de mais de seis horas de sessão suspensa, devido a uma ocupação organizada por um grupo de senadoras da oposição. Conforme queria o governo, o texto foi aprovado sem mudanças.
Trabalhadores de todo o Brasil ocuparam o gramado da esplanada dos ministérios para protestar contra a tentativa da base governista de aprovar o PLC 38, que retira direitos conquistados após décadas de lutas.
“Nossa categoria reconhece o papel que nossos sindicatos tiveram na conquista de direitos e hoje, mais uma vez, atendeu os chamados das centrais e caminharam até Brasília, ou estão em seus estados fazendo atos, ocupando setores, dizendo que não queremos essa reforma, não queremos a privatização dos bancos públicos, não aceitamos o congelamento do orçamento da nação por 20 anos, não aceitamos nenhum direito a menos”, disse Roberto von der Osten, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
A oposição ainda tentava aprovar algum destaque, para que o projeto voltasse à Câmara. Sem mudanças, o PLC 38 vai à sanção de Michel Temer. O governo diz que fará alterações via medida provisória. "Esta reforma é para diminuir a rede de proteção social e precarizar as condições de trabalho", disse Humberto Costa (PT-PE). "Este projeto não vai criar empregos, e sim subempregos", afirmou Telmário Mota (PTB-RR).
"Uma parte de mim morre hoje", disse Paulo Paim (PT-RS), que desde o início da discussão tentou um acordo para incluir alterações no texto. "Vesti a minha melhor roupa (hoje), como se fosse o dia da minha morte."
"O que aconteceu aqui envergonha a nação", afirmou Gleisi Hoffmann (PR), presidenta nacional do PT, pouco depois de a sessão ser retomada. "A classe dominante deste país não tem projeto para o Brasil. Quando há crise na economia, vocês disputam verba do orçamento. Os senhores deviam se envergonhar do que estão fazendo. A cabeça dos senhores é escravocrata", acrescentou, dirigindo-se aos governistas.
Veja quem são os senadores que acabaram com seus direitos e nunca mais vote neles
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