Caixa Federal suspende novamente o financiamento para imóveis até R$ 950 mil
Por falta de recursos, a Caixa voltou a suspender a linha de financiamento imobiliário Pró-Cotista – voltado para imóveis de até R$ 950 mil – dois meses e meio depois de liberar R$ 2,5 bilhões de crédito direcionados a essa faixa. Esse crédito usa recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e é a linha mais barata depois do Minha Casa, Minha Vida, com juros de 7,85% (para clientes que tenham débito em conta ou conta-salário) a 8,85% ao ano.
“Mais um passo do governo em direção ao encolhimento do papel social desempenhado pela Caixa, que responde pela maior parte do crédito imobiliário concedido, inclusive e sobretudo, a parcelas menos favorecidas da população”, critica o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa, Dionísio Reis.
Em 2015, por exemplo, a Caixa foi responsável por 75% do crédito imobiliário ofertado entre os seis principais bancos em atividade no país. Foram R$ 370 bilhões ante R$ 123 bilhões concedidos por Itaú, Bradesco, Santander, HSBC e Banco do Brasil.
De acordo com informações da Folha de S.Paulo, a Caixa negou que os saques de contas inativas do FGTS tenham influenciado na interrupção da linha, alegando que a decisão foi tomada antes da medida que autorizou as retiradas. Ainda de acordo com a Folha, a avaliação de parte do governo é que houve um impacto indireto, pois sem as autorizações para a movimentação das contas inativas haveria um espaço maior para liberação de novos recursos.
O orçamento inicial de 2017 para a linha era de R$ 5 bilhões, montante aprovado em outubro do ano passado pelo conselho do fundo. Em maio, como esse montante já estava contratado ou em fase de análise, a Caixa parou de aceitar propostas. Para reativar a linha, o Planejamento remanejou recursos que eram direcionados à faixa de renda mais alta do Minha Casa. Os R$ 2,5 bilhões adicionais, no entanto, já foram comprometidos com empréstimos e, por isso, a linha voltou a ser interrompida, segundo a Caixa.
Regras – Essa linha de crédito só podia ser utilizada por trabalhadores que tenham vínculo de pelo menos três anos de FGTS. Além disso, precisam estar empregados ou ter saldo na conta do FGTS equivalente a pelo menos 10% do imóvel.
O valor máximo dos imóveis a serem financiados é de R$ 950 mil para Minas Gerais, Rio, São Paulo e Distrito Federal, e de R$ 800 mil no restante do país. Não há limite de renda.
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