Santander demonstra desrespeito aos trabalhadores na mesa de negociação sobre Acordo Aditivo
A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander reuniu-se pela sexta vez com a direção do banco, no dia 20 de julho, para discutir a renovação do Acordo Aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Os representantes dos trabalhadores tinham a expectativa de que o Santander apresentasse avanços na pauta de reivindicações dos seus funcionários. Entretanto, o banco novamente não apresentou uma proposta concreta.
“Nós acreditávamos que sairíamos hoje com uma proposta condizente com as expectativas dos trabalhadores, que seria apreciada em assembleias. Mas, o que vimos, mais uma vez, foi o banco apostando no impasse na mesa de negociação”, destacou Mario Raia, secretário de Relações Internacionais e representante da Contraf-CUT na COE Santander.
De acordo com os representantes do banco, existe um impasse dentro da instituição financeira que precisa ser superado. E o banco entende que este impasse não é intransponível. “Mas, é inadmissível que o banco ainda mantenha este discurso, além disso, também é inaceitável que na sexta rodada de negociação, depois de dois meses e meio de terem recebido a minuta de reivindicações dos bancários, o banco não traga nada para apresentar aos trabalhadores”, pontuou Mário.
A pauta de reivindicações dos trabalhadores do Santander atende aos anseios dos bancários em seu dia a dia de trabalho. Não tem nada de absurdo e, apesar dos expressivos resultados positivos que o banco apresenta, os mesmos não se refletem em valorização aos trabalhadores do Santander.
Integrante da COE, o diretor Aparecido Augusto Marcelo representou o Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região na reunião da COE, no dia 19, e na mesa de negociações sobre o Acordo Aditivo, no dia 20. "O banco recuou e com total falta de respeito aos trabalhadores não apresentou nenhuma proposta", resume. O dirigente também participou de uma reunião com o banco sobre remuneração variável, realizada logo após a negociação da COE.
Campanha não condiz com a realidade
O banco tem vinculado na mídia a campanha “O que o Santander pode fazer por você hoje?”. Mas, na realidade não existe a preocupação “o que o Santander pode fazer para os seus funcionários?”. Ou seja, o mote não condiz com a verdade nem para os clientes e menos ainda para os seus trabalhadores. “Se o banco estivesse preocupado com os seus funcionários, neste sexto encontro apresentaria uma proposta concreta”, disse Maria Rosani, coordenadora nacional da COE Santander.
Sem avanços
Os trabalhadores continuam sem respostas para os principais pontos da minuta de reivindicações, entre eles, a majoração do valor da bolsa auxílio-estudo e a revisão de seus critérios de concessão, bem como o incremento no valor do pagamento do PPRS (Programa Próprio de Remuneração Santander).
Tempo de casa
Para os dirigentes sindicais, além do banco não estar negociando seriamente a minuta de reivindicações, os representantes dos trabalhadores estão sempre sendo pegos de surpresas, com decisões unilaterais do banco, que implicam em retirada de direitos. Um exemplo disso, é o pagamento de dois salários ao trabalhador que completa 25 anos de empresa, que foi extinto sem nenhuma justificativa ao movimento sindical.
“Não existem justificativas para a retirada de direitos. E este é um benefício que tem um pequeno impacto no resultado do banco, mas tem muito valor no reconhecimento ao trabalhador, que dedicou 25 anos à empresa”, ressaltou Mário Raia.
Diante do impasse colocado na mesa de negociação, os dirigentes sindicais afirmaram que a próxima reunião só deverá ser agendada quando o banco tiver efetivamente uma proposta concreta para apresentar aos trabalhadores. “Esperamos que a reunião seja marcada o mais breve possível. Já estamos prestes a iniciar as negociações com a Fenaban da Campanha Salarial de 2016. Queremos respostas”, concluiu Mário Raia.
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