30/06/2016
'Retorne Bem e fique mal': projeto não funciona e funcionários rechaçam premiação

O programa Retorne Bem, do Santander, foi agraciado com o 6º Prêmio de Reabilitação Profissional na categoria "Empresa privada", concedido no âmbito do 9º Congresso de Reabilitação Profissional e Gestão de Afastamentos, realizado em Campinas nos dias 20 e 21 de junho. Mas será que o banco espanhol receberia tal honraria se o prêmio fosse concedido por seus funcionários? Para o Sindicato, a resposta é não.
“O Retorne Bem é uma verdadeira caixa preta. A representação dos trabalhadores não participou da sua construção como prevê a 44ª cláusula da CCT [Convenção Coletiva de Trabalho] e, portanto, não conhece e não valida seus processos. É escandalosa a falta de autonomia do médico no momento de realizar o exame de retorno e o demissional. O médico indicado pelo banco não avalia e não leva em consideração o relatório do médico assistente. Só considera o trabalhador inapto se houver concordância do RH”, denuncia a diretora executiva do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Vera Marchioni.
"Faltam também informações para trabalhadores que estão no programa e para o gestor que irá recebê-los de volta, não existe um canal para sanar dúvidas. Outro problema comum, mesmo em casos em que há indicação médica, é o fato dos funcionários não conseguirem a mudança do local de trabalho. Além disso, ainda encontram dificuldades para receber a cópia da sua avaliação médica”, acrescenta o também dirigente sindical e funcionário do Santander Ramilton Marcolino.
O Sindicato recebe diariamente denúncias de insatisfeitos com o Retorne Bem. Um caso recente é emblemático. Uma bancária, que teve alta do INSS, passou pelo exame de retorno e o médico que a atendeu na Torre Santander a considerou apta, mesmo com o braço direito totalmente imobilizado e o esquerdo comprometido em 50% dos movimentos. O profissional do banco ignorou relatório do cirurgião que a operou. E o pior, o Santander determinou seu retorno para as mesmas funções e local causadores do adoecimento.
“Desconhecemos o sucesso do programa. Ao contrário, temos denúncias de afastados que no retorno ficam registrados como PCD [Pessoa com Deficiência]. Isso impede avanços na carreira. Além disso, muitos retornam para as mesmas funções que os adoeceram e voltam a ficar mal. O Sindicato cobra do banco autonomia do médico indicado por ele; que a avaliação do médico assistente seja considerada; e, principalmente, respeitado as necessidades específicas no retorno. O único prêmio que nos interessa é a preservação da saúde e dignidade dos bancários”, conclui Ramilton.
“O Retorne Bem é uma verdadeira caixa preta. A representação dos trabalhadores não participou da sua construção como prevê a 44ª cláusula da CCT [Convenção Coletiva de Trabalho] e, portanto, não conhece e não valida seus processos. É escandalosa a falta de autonomia do médico no momento de realizar o exame de retorno e o demissional. O médico indicado pelo banco não avalia e não leva em consideração o relatório do médico assistente. Só considera o trabalhador inapto se houver concordância do RH”, denuncia a diretora executiva do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Vera Marchioni.
"Faltam também informações para trabalhadores que estão no programa e para o gestor que irá recebê-los de volta, não existe um canal para sanar dúvidas. Outro problema comum, mesmo em casos em que há indicação médica, é o fato dos funcionários não conseguirem a mudança do local de trabalho. Além disso, ainda encontram dificuldades para receber a cópia da sua avaliação médica”, acrescenta o também dirigente sindical e funcionário do Santander Ramilton Marcolino.
O Sindicato recebe diariamente denúncias de insatisfeitos com o Retorne Bem. Um caso recente é emblemático. Uma bancária, que teve alta do INSS, passou pelo exame de retorno e o médico que a atendeu na Torre Santander a considerou apta, mesmo com o braço direito totalmente imobilizado e o esquerdo comprometido em 50% dos movimentos. O profissional do banco ignorou relatório do cirurgião que a operou. E o pior, o Santander determinou seu retorno para as mesmas funções e local causadores do adoecimento.
“Desconhecemos o sucesso do programa. Ao contrário, temos denúncias de afastados que no retorno ficam registrados como PCD [Pessoa com Deficiência]. Isso impede avanços na carreira. Além disso, muitos retornam para as mesmas funções que os adoeceram e voltam a ficar mal. O Sindicato cobra do banco autonomia do médico indicado por ele; que a avaliação do médico assistente seja considerada; e, principalmente, respeitado as necessidades específicas no retorno. O único prêmio que nos interessa é a preservação da saúde e dignidade dos bancários”, conclui Ramilton.
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