14/05/2014
Começa a jornada nacional de luta contra as demissões no Santander
Crédito: Seeb São Paulo
Bancários protestam e clientes assinam cartas ao presidente do banco
"Como cliente/usuário do Santander, me solidarizo com a luta pelo fim das demissões. Quero também a redução de tarifas e a contratação de mais bancários." A reivindicação endereçada ao presidente do Santander no Brasil, Jesús Zabalza, foi assinada por clientes no primeiro dia de luta dos funcionários do banco, com atividades realizadas em todo o país.
Na capital paulista, nesta terça-feira 13, dirigentes sindicais visitaram unidades da região central. O manifesto por mais funcionários no Santander foi lido nas agências e ouvido com atenção pelos bancários e também pelos clientes.
"O lucro do banco é muito alto comparando ao que é proporcionado ao cliente. Já fiquei duas horas esperando para ser atendido nesta agência. Quando você vê, são apenas três ou quatro caixas para dar conta de tudo", comentou o estudante Caíque Mamede após aderir ao documento com exigências ao banco.
E Caíque tem razão. Nos últimos 12 meses, o Santander eliminou mais de 4.800 postos de trabalho. São milhares de trabalhadores a menos. No entanto, o banco espanhol ganhou 3 milhões de novos clientes.
Insatisfeitos, muitos bancários também aderiram ao protesto. "Tem dia que isso aqui é um caos, contou o estagiário de uma das agências no Centro. É muita gente para atender. Gerentes, caixas e até a jovem aprendiz que fica no autoatendimento sofre com tanto trabalho de uma só vez."
A diretora executiva do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Maria Rosani, destacou que, em 2013, o Santander arrecadou quase 10 bilhões de reais só com as tarifas cobradas. Ao informar os clientes nesta terça sobre os números, a reação era de espanto.
"Quem não concorda que um banco espanhol que se instala no Brasil deve respeito ao nosso povo, aos trabalhadores e usuários de seus serviços? Com esse valor seria possível o Santander contratar mais 25 mil bancários para atender melhor os clientes", ressaltou a dirigente sindical.
O estoquista Jociclaiton Vasconcelos expressou sua indignação diante das altas taxas de juros. "Você faz um empréstimo aqui e não consegue pagar por conta dos juros altos demais. Sem falar que é pequeno o número de funcionários pra uma agência deste tamanho. A gente paga tanto, e ainda espera tanto tempo na fila quando quer ser atendido".
Quem ganha é o executivo
Enquanto os trabalhadores sofrem com a sobrecarga de trabalho e agências cheias, metas para cumprir, o que leva muitos ao adoecimento, a realidade de 46 integrantes da diretoria executiva do Santander Brasil é bem diferente. Por ano, cada um deles ganha, em média, R$ 4,7 milhões, valor estampado em um cheque gigante levado às agências neste primeiro dia de protestos.
Os funcionários também foram orientados a utilizar em suas redes sociais a hashtag #santanderbastadedemissoes.
Protestos continuam
A jornada de luta segue por duas semanas. Haverá ainda um protesto para a entrega das cartas assinadas pelos clientes e trabalhadores ao presidente do banco.
Fonte: Seeb São Paulo

"Como cliente/usuário do Santander, me solidarizo com a luta pelo fim das demissões. Quero também a redução de tarifas e a contratação de mais bancários." A reivindicação endereçada ao presidente do Santander no Brasil, Jesús Zabalza, foi assinada por clientes no primeiro dia de luta dos funcionários do banco, com atividades realizadas em todo o país.
Na capital paulista, nesta terça-feira 13, dirigentes sindicais visitaram unidades da região central. O manifesto por mais funcionários no Santander foi lido nas agências e ouvido com atenção pelos bancários e também pelos clientes.
"O lucro do banco é muito alto comparando ao que é proporcionado ao cliente. Já fiquei duas horas esperando para ser atendido nesta agência. Quando você vê, são apenas três ou quatro caixas para dar conta de tudo", comentou o estudante Caíque Mamede após aderir ao documento com exigências ao banco.
E Caíque tem razão. Nos últimos 12 meses, o Santander eliminou mais de 4.800 postos de trabalho. São milhares de trabalhadores a menos. No entanto, o banco espanhol ganhou 3 milhões de novos clientes.
Insatisfeitos, muitos bancários também aderiram ao protesto. "Tem dia que isso aqui é um caos, contou o estagiário de uma das agências no Centro. É muita gente para atender. Gerentes, caixas e até a jovem aprendiz que fica no autoatendimento sofre com tanto trabalho de uma só vez."
A diretora executiva do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Maria Rosani, destacou que, em 2013, o Santander arrecadou quase 10 bilhões de reais só com as tarifas cobradas. Ao informar os clientes nesta terça sobre os números, a reação era de espanto.
"Quem não concorda que um banco espanhol que se instala no Brasil deve respeito ao nosso povo, aos trabalhadores e usuários de seus serviços? Com esse valor seria possível o Santander contratar mais 25 mil bancários para atender melhor os clientes", ressaltou a dirigente sindical.
O estoquista Jociclaiton Vasconcelos expressou sua indignação diante das altas taxas de juros. "Você faz um empréstimo aqui e não consegue pagar por conta dos juros altos demais. Sem falar que é pequeno o número de funcionários pra uma agência deste tamanho. A gente paga tanto, e ainda espera tanto tempo na fila quando quer ser atendido".
Quem ganha é o executivo
Enquanto os trabalhadores sofrem com a sobrecarga de trabalho e agências cheias, metas para cumprir, o que leva muitos ao adoecimento, a realidade de 46 integrantes da diretoria executiva do Santander Brasil é bem diferente. Por ano, cada um deles ganha, em média, R$ 4,7 milhões, valor estampado em um cheque gigante levado às agências neste primeiro dia de protestos.
Os funcionários também foram orientados a utilizar em suas redes sociais a hashtag #santanderbastadedemissoes.
Protestos continuam
A jornada de luta segue por duas semanas. Haverá ainda um protesto para a entrega das cartas assinadas pelos clientes e trabalhadores ao presidente do banco.
Fonte: Seeb São Paulo
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