25/11/2013
Bancários debatem emprego com vice-presidente do Santander no dia 28
Crédito: Jailton Garcia - Seeb São Paulo
Em reunião ocorrida na tarde desta terça-feira (19) do Comitê de Relações Trabalhistas (CRT), a Contraf-CUT, federações e sindicatos obtiveram a marcação de uma reunião com o vice-presidente executivo sênior do Santander, responsável pela área de recursos humanos, a ser realizada no próximo dia 28, em São Paulo, para discutir o problema do emprego.
O agendamento ocorreu em resposta à solicitação das entidades sindicais de um encontro com o presidente do banco, Jesús Zabalza, sobretudo diante das demissões e da falta de funcionários na rede de agências. "Esperamos debater propostas para acabar com a sangria mensal de postos de trabalho no banco, na contramão da geração de empregos na sociedade brasileira", projeta o funcionário do banco e secretário de Imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.
Demissões injustificáveis
Mesmo com lucro líquido de R$ 4,3 bilhões até setembro deste ano, o Santander cortou 3.414 empregos no mesmo período, o que é totalmente injustificável. Apenas no terceiro trimestre, a instituição lucrou R$ 1,4 bilhão, mas eliminou 1.124 postos de trabalho. Já nos últimos 12 meses, a redução alcançou 4.542 vagas, uma queda de 8,2% no quadro de funcionários que fechou setembro em 50.578.
"Queremos o fim das demissões, da rotatividade e das terceirizações, bem como a contratação de funcionários para combater a sobrecarga de trabalho, o assédio moral e o adoecimento, a fim de melhorar o atendimento dos clientes", destaca o dirigente da Contraf-CUT.
"Não é à toa que o Santander voltou a ocupar o primeiro lugar em outubro do ranking de reclamações de clientes no Banco Central, após ter ficado um mês em segundo lugar depois de sete meses consecutivos na incômoda liderança", destaca o dirigente sindical.
Falta de transparência
Os bancários também cobraram transparência no banco. "Na Espanha, as entidades sindicais têm acesso a informações como contratações, desligamentos e afastamentos por saúde, além das faixas e dos níveis salariais, cujos números são divulgados aos trabalhadores", ressalta a diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Rita Berlofa.
"Nós trabalhamos no mesmo banco, mas não temos os mesmos direitos", critica. "Queremos negociação séria e para isso é preciso ter acesso às informações do banco, que hoje são apenas do conhecimento de um lado da mesa", aponta a dirigente sindical. "Também temos direito à informação".
"A filial brasileira é responsável por 24% do lucro global do Santander, o melhor resultado por país em todo mundo, mas os trabalhadores são tratados como se fossem de segunda categoria", reforça a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Maria Rosani.
Homologações por prepostos terceirizados
Os representantes dos bancários voltaram a cobrar o fim dos prepostos terceirizados nas homologações junto a sindicatos, o que tem sido praticado pelo banco, causando muitos transtornos, além de procedimentos no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e no Ministério Público.
O banco ficou de analisar o embasamento jurídico apresentado, ficando de voltar ao debate na próxima reunião do CRT, agendada para o próximo dia 27.
Mudanças unilaterais nos planos de saúde
Os bancários questionaram as alterações feitas pelo banco na assistência médica sem negociação prévia com o movimento sindical. Além de um aumento médio de 28,5% para os funcionários da ativa, os demitidos ou aposentados que atendam às condições da lei nº 9656/98 e que optem por permanecer no plano de saúde deverão assumir o pagamento integral do respectivo custo, de acordo com a faixa etária, elevando assustadoramente as contribuições, quase triplicando os valores no prazo de cinco anos.
"O que se observa é todo um esforço no sentido de disfarçar um aumento brutal no custo da assistência médica dos aposentados, com o claro objetivo de inviabilizar a permanência dos mesmos na apólice, já que poucos terão condições financeiras de suportar o cavalar aumento imposto para essa população", denuncia o diretor do Sindicato dos Bancários do ABC, Orlando Puccetti Júnior.
O banco propôs o agendamento de uma reunião para tratar do assunto. As entidades sindicais irão incluir o problema da pauta da reunião do CRT no dia 27.
Fonte: Contraf-CUT
Participação do Sindicato
O diretor do Sindicato e funcionário do Santander Euclides de Almeida Prado participará do debate. Para ele, é de suma importância discutir as demissões no Santander. "Os bancários trabalham sobrecarregados e encaram metas absurdas para que o banco alcance um lucro espetacular todo mês. E mesmo assim eles nunca sabem se estarão empregados no dia seguinte. Trata-se de uma violência psicológica e um ataque à dignidade do trabalhador."
O agendamento ocorreu em resposta à solicitação das entidades sindicais de um encontro com o presidente do banco, Jesús Zabalza, sobretudo diante das demissões e da falta de funcionários na rede de agências. "Esperamos debater propostas para acabar com a sangria mensal de postos de trabalho no banco, na contramão da geração de empregos na sociedade brasileira", projeta o funcionário do banco e secretário de Imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.
Demissões injustificáveis
Mesmo com lucro líquido de R$ 4,3 bilhões até setembro deste ano, o Santander cortou 3.414 empregos no mesmo período, o que é totalmente injustificável. Apenas no terceiro trimestre, a instituição lucrou R$ 1,4 bilhão, mas eliminou 1.124 postos de trabalho. Já nos últimos 12 meses, a redução alcançou 4.542 vagas, uma queda de 8,2% no quadro de funcionários que fechou setembro em 50.578.
"Queremos o fim das demissões, da rotatividade e das terceirizações, bem como a contratação de funcionários para combater a sobrecarga de trabalho, o assédio moral e o adoecimento, a fim de melhorar o atendimento dos clientes", destaca o dirigente da Contraf-CUT.
"Não é à toa que o Santander voltou a ocupar o primeiro lugar em outubro do ranking de reclamações de clientes no Banco Central, após ter ficado um mês em segundo lugar depois de sete meses consecutivos na incômoda liderança", destaca o dirigente sindical.
Falta de transparência
Os bancários também cobraram transparência no banco. "Na Espanha, as entidades sindicais têm acesso a informações como contratações, desligamentos e afastamentos por saúde, além das faixas e dos níveis salariais, cujos números são divulgados aos trabalhadores", ressalta a diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Rita Berlofa.
"Nós trabalhamos no mesmo banco, mas não temos os mesmos direitos", critica. "Queremos negociação séria e para isso é preciso ter acesso às informações do banco, que hoje são apenas do conhecimento de um lado da mesa", aponta a dirigente sindical. "Também temos direito à informação".
"A filial brasileira é responsável por 24% do lucro global do Santander, o melhor resultado por país em todo mundo, mas os trabalhadores são tratados como se fossem de segunda categoria", reforça a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Maria Rosani.
Homologações por prepostos terceirizados
Os representantes dos bancários voltaram a cobrar o fim dos prepostos terceirizados nas homologações junto a sindicatos, o que tem sido praticado pelo banco, causando muitos transtornos, além de procedimentos no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e no Ministério Público.
O banco ficou de analisar o embasamento jurídico apresentado, ficando de voltar ao debate na próxima reunião do CRT, agendada para o próximo dia 27.
Mudanças unilaterais nos planos de saúde
Os bancários questionaram as alterações feitas pelo banco na assistência médica sem negociação prévia com o movimento sindical. Além de um aumento médio de 28,5% para os funcionários da ativa, os demitidos ou aposentados que atendam às condições da lei nº 9656/98 e que optem por permanecer no plano de saúde deverão assumir o pagamento integral do respectivo custo, de acordo com a faixa etária, elevando assustadoramente as contribuições, quase triplicando os valores no prazo de cinco anos.
"O que se observa é todo um esforço no sentido de disfarçar um aumento brutal no custo da assistência médica dos aposentados, com o claro objetivo de inviabilizar a permanência dos mesmos na apólice, já que poucos terão condições financeiras de suportar o cavalar aumento imposto para essa população", denuncia o diretor do Sindicato dos Bancários do ABC, Orlando Puccetti Júnior.
O banco propôs o agendamento de uma reunião para tratar do assunto. As entidades sindicais irão incluir o problema da pauta da reunião do CRT no dia 27.
Fonte: Contraf-CUT
Participação do Sindicato
O diretor do Sindicato e funcionário do Santander Euclides de Almeida Prado participará do debate. Para ele, é de suma importância discutir as demissões no Santander. "Os bancários trabalham sobrecarregados e encaram metas absurdas para que o banco alcance um lucro espetacular todo mês. E mesmo assim eles nunca sabem se estarão empregados no dia seguinte. Trata-se de uma violência psicológica e um ataque à dignidade do trabalhador."
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