Caixa precisa de mais empregados e, não, de babá-eletrônica
Todo esse aparato foi montado para supervisionar o desempenho das unidades depois que a Caixa estabeleceu um prazo de espera de 15 a 20 minutos por cliente
Recentemente, a Caixa retomou um estilo “duvidoso” de gestão, só que mais moderno: o monitoramento das unidades, agora, por meio de enormes televisores instalados nas SRs de todo o Estado.
Todo esse aparato foi montado para supervisionar o desempenho das unidades depois que a Caixa estabeleceu um prazo de espera de 15 a 20 minutos por cliente.
Ao invés de investir na contratação de mais empregados para atender à demanda das unidades, a Caixa opta, mais uma vez, por pressionar seus trabalhadores a cumprirem metas de atendimento, além das tantas outras já existentes.
“Além disso, o gerente da agência, que acaba sendo co-responsável pelo monitoramento in loco, tem muito mais para fazer do que ficar vigiando senhas e tempo de atendimento”, afirmou o diretor-presidente da APCEF, Sérgio Takemoto.
Em visitas a diversas unidades do Estado, representantes da APCEF constataram que, para não ficar “mal na fita” perante a SR, os empregados veem-se forçados a criar maneiras de burlar o sistema de monitoramento.
Com isso, acaba acontecendo o efeito dominó: pressão e atendimento precário, que prejudica o cliente.
Muitas agências informam, na entrada, por meio de cartazes, que a unidade está sem sistema, enganosamente.
Em outras, os empregados criam clientes virtuais: quando o prazo para atendimento começa a se estreitar ou está à beira de estourar, são emitidas duas novas senhas para compensar o atendimento “demorado”, sem que os clientes dessas senhas realmente existam.
Há casos em que os clientes estão sendo barrados na porta das unidades e direcionados para outra agência ou correspondente bancário.
“A gestão da Caixa peca em vários aspectos, desde a pressão por metas em tempo integral - que é comprovadamente improdutiva e prejudicial à saúde dos empregados - até acreditar que o monitoramento resolverá um problema estrutural básico no banco: a falta de empregados”, afirmou o diretor-presidente da APCEF. “Os investimentos deveriam ser intensos, sim, porém, no que diz respeito às melhorias das condições de trabalho e, não, às ‘piorias’”, finalizou Sérgio Takemoto.
“Com toda essa pressão, a saúde do empregado fica para último plano. Sequer a pausa de 10 minutos a cada 50 trabalhados eles têm condições de fazer para evitar as LER/DORTs.” - Sérgio Takemoto, diretor-presidente da APCEF/SP
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