Negociação com Santander continua nesta sexta-feira, em SP, e bancários cobram avanços
A Contraf-CUT, federações e sindicatos continuam nesta sexta-feira, dia 2, a negociação específica para a renovação com avanços do acordo aditivo à convenção coletiva de trabalho e do acordo do Programa de Participação nos Resultados Santander (PPRS), além dos termos de compromisso do Banesprev e Cabesp. A reunião ocorre das 11h às 13h, na Torre do Santander, em São Paulo.
Os trabalhadores do Santander são os únicos, entre os bancos privados, a manter desde 2001 um acordo aditivo. Entre as conquistas estão o intervalo de 15 minutos dentro da jornada de seis horas, as 2 mil bolsas de auxílio-educação para graduação e a ampliação da licença-amamentação.
No primeiro dia de negociação, ocorrido nesta quinta-feira, dia 1º, os bancários defenderam a manutenção do aditivo com a inclusão de novas cláusulas. "O Santander tem dinheiro para investir em marketing, patrocina a Copa Libertadoras e a Fórmula 1 e acaba de contratar como garoto-propaganda o craque Neymar do Santos e da Seleção Brasileira. Agora é hora de conceder avanços para os trabalhadores brasileiros", disse Ademir Wiederkehr, secretário de imprensa da Contraf-CUT.
O Santander Brasil obteve um lucro líquido de R$ 5,956 bilhões até setembro deste ano, um crescimento de 9% em comparação ao mesmo período do ano passado. Com isso, o Brasil contribuiu com 25% do lucro mundial do Santander, o que representa a maior fatia do resultado entre todos os países do mundo onde o banco atua, superando a participação de 10% da Espanha.
Avanços
Os bancários querem avanços como garantia do emprego, cinco dias de ausências abonadas por ano, adiantamento de um salário nas férias a ser pago em dez vezes sem juros, eleições democráticas dos representantes dos participantes no SantanderPrevi e Sanprev, manutenção da assistência médica para todos os aposentados, isenção de tarifas e redução dos juros, auxílio moradia e o aumento do PPRS.
"Muitas dessas reivindicações já são direitos dos trabalhadores espanhóis e não há motivos para não estendê-los aos brasileiros, como forma de valorização pelos excelentes resultados aqui alcançados", ressalta Rita Berlofa, diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo.
Os representantes do Santander ficaram de avaliar as propostas apresentadas pelos dirigentes sindicais e trarão uma resposta da direção do banco na negociação desta sexta-feira. Eles adiantaram que o banco aceita renovar todas as cláusulas vigentes, bem como elevar a PPRS de R$ 1.350 para R$ 1.500.
Negociação após mobilização
As reuniões com o Santander foram agendadas após três correspondências enviadas pelas entidades sindicais ao superintendente de Recursos Humanos, Jerônimo dos Anjos, em 21 de outubro, 7 e 21 de novembro. Já a pauta específica de reivindicações foi entregue em 30 de agosto.
Clique aqui para ler a íntegra da minuta entregue ao Santander.
A marcação ocorreu no dia 23 de novembro, durante a Jornada Continental de Lutas, que os bancários do Santander realizaram no Brasil e noutros países da América Latina, onde o banco está presente, cobrando respeito e diálogo para constituir uma coordenadora mundial e firmar um acordo marco global, a exemplo de outras instituições financeiras.
Fonte: Contraf-CUT
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