12/07/2022

Igualdade de condições para bancárias e bancários LGBTQIA+

O fim da discriminação de pessoas LGBTQIA+ no setor bancário e as formas de sua plena integração no ambiente profissional foram defendidos pelos representantes da categoria na mais recente rodada de negociação da Campanha 2022, em reunião com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), realizada na última quarta-feira (6).

O assunto foi tratado na mesa de negociações sobre Igualdade de Oportunidades, quando o Comando Nacional dos Bancários apresentou as demandas da categoria para eliminar desigualdades no local de trabalho, em busca da equidade em todos os segmentos.

Na avaliação do presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Robero Vicentim, é preciso investir cada vez mais em políticas afirmativas para combater a discriminação no local de trabalho e em toda sociedade. Para isso, os empregadores precisam investir na diversidade e inclusão, precisam firmar compromisso, exigir o rigor da lei para frear atitudes que levam muitos LGBTQIA+ a adoecer ou até a morrer. 

"Temos nos empenhado e nos dedicado cada vez mais à comunicação sobre o tema para difundir informações importantes e garantir respeito aos trabalhadores e trabalhadoras LGBTQIA+, além de negociar importantes direitos e cláusulas que garantiram conquistas. Mas é preciso avançar ainda mais. Caminhamos juntos, lado a lado, porque a luta pela igualdade deve ser de todos!”, destaca.

Nenhuma discriminação

A categoria cobrou que seja reafirmado pelas empresas o compromisso de não discriminação, de respeito e da promoção de não discriminação por raça, cor, gênero, idade, condições físicas ou orientação sexual, com o objetivo de formar no setor bancário um ambiente completamente livre de intolerância e preconceito.

Nesse sentido, os bancos deverão promover, como valor organizacional, a cultura de igualdade de oportunidades no processo seletivo de novos trabalhadores e trabalhadoras, no preenchimento de cargos e em programas de integração ou capacitação para promoções. Denúncias de casos que não estejam em conformidade com o acordo deverão ser apurados em mesa bipartite, composta por sindicato e empresa.

A proposta do Comando também inclui, ao bancário e à bancária, o direito de manifestação de sua identidade visual, o respeito a suas características físicas e a garantia à expressão de personalidade e manifestação cultural ou religiosa.

Cônjuges homoafetivos

Outro ponto prioritário é a isonomia de direitos ao cônjuge homoafetivo, em relacionamento efetivado por união civil. Nesses casos, deverão ser consideradas todas as vantagens legais, convencionais ou contratuais nas mesmas condições estabelecidas a todos os trabalhadores bancários.

Para Adilson Barros, da direção executiva da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), “é importante firmar compromisso em torno das pessoas LGBTQIA+. Estamos em todas as profissões, principalmente no ramo financeiro. Agora, para valorizar, é necessário realizar campanha de não discriminação e dar prioridade nas contrações no setor”.

Adilson, que também é militante pelos direitos da população LGBTQIA+, ressalta que o direito às manifestações pessoais também deve ser preservado. “Não podemos mais não ter visibilidade dos trabalhadores e trabalhadoras LGBTQIA+ nos locais de trabalho. Só assim teremos maiores avanços e reconhecimento, num mundo do trabalho inclusivo e sem preconceito”, conclui.

“O bancário e a bancária LGBTQIA+ não estão sozinhos, juntos somos mais fortes! Em qualquer ato de desrespeito no ambiente de trabalho, o bancári@ deve entrar em contato com o Sindicato ou com o dirigente sindical e denunciar. É importante não ficar invisível, não se esconder, não fazer de conta que não é com ele. É fundamental denunciar qualquer princípio de LGBTfobia. Não podemos mais aceitar posturas preconceituosas e desumanas no ambiente de trabalho e na vida", acrescenta Vicentim, presidente do Sindicato.

Continuidade das negociações

Após todas as reuniões, a comissão da Fenaban levará aos bancos as propostas do Comando. Ao final, será apresentada uma proposta global, com todos os temas em negociação.

Próximas reuniões
 
  • Sexta-feira, 22 de julho: Cláusulas Sociais e Teletrabalho
  • Quinta-feira, 28 de julho: Cláusulas Sociais e Segurança Bancária
  • Segunda-feira, 1º de agosto: Saúde e Condições de Trabalho
  • Quarta-feira, 3 de agosto: Cláusulas Econômicas
  • Segunda-feira, 8 de agosto: Cláusulas Econômicas
  • Quinta-feira, 11 de agosto: Continuação das Cláusulas Econômicas
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Fonte: Contraf-CUT, com edição de Seeb Catanduva

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