08/12/2021
Copom faz última reunião do ano com meta ‘estourada’ e inflação descontrolada
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O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, encerra na noite desta quarta-feira (8) a última reunião de 2021 com mais um esperado aumento da taxa básica de juros. Será a sétima alta seguida. A aposta predominante é de 1,50 ponto percentual, o que levaria a Selic a 9,25% ao ano, no maior nível em quatro anos. E sem conter a inflação. Depois de hoje, a autoridade monetária só se reunirá em 1º e 2 de fevereiro.
Os nove integrantes do Copom se despedem apenas dois dias antes da divulgação do IPCA, a inflação oficial do país, na manhã da próxima sexta-feira (10). Em outubro, a taxa foi a maior em duas décadas, acumulando 10,67%. Já o INPC, referência em negociações salariais, soma 11,08%. Por enquanto, não há sinais de trégua na alta de preços.
Com isso, o país vai superar de longe a meta da inflação anual, fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 3,75%, com tolerância para 5,25%. Esse teto já foi superado desde março, quando o BC também iniciou seu ciclo de altas da Selic.
Sinais de recessão
Não se espera um cenário muito melhor para 2022, quando a meta da inflação, inclusive, recua para 3,5%, com teto de 5%. As perspectivas para a economia são ruins: inflação e desemprego ainda em alta e ameaça de recessão. O PIB brasileiro recuou no segundo e no terceiro trimestres, e as projeções para o próximo ano já são revisadas para baixo. Essa economia estagnada também reduz a margem para novas altas da taxa de juros.
Com um ano eleitoral à vista, o dilema aumenta. A inflação não cede, a renda do trabalhador já está em baixa e o cenário externo também não ajuda. É preciso ver como vai se comportar o governo cujo ministro da Economia passou os três últimos anos falando em retomada ou recuperação em V. Enquanto isso, a população empobreceu.
Os nove integrantes do Copom se despedem apenas dois dias antes da divulgação do IPCA, a inflação oficial do país, na manhã da próxima sexta-feira (10). Em outubro, a taxa foi a maior em duas décadas, acumulando 10,67%. Já o INPC, referência em negociações salariais, soma 11,08%. Por enquanto, não há sinais de trégua na alta de preços.
Com isso, o país vai superar de longe a meta da inflação anual, fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 3,75%, com tolerância para 5,25%. Esse teto já foi superado desde março, quando o BC também iniciou seu ciclo de altas da Selic.
Sinais de recessão
Não se espera um cenário muito melhor para 2022, quando a meta da inflação, inclusive, recua para 3,5%, com teto de 5%. As perspectivas para a economia são ruins: inflação e desemprego ainda em alta e ameaça de recessão. O PIB brasileiro recuou no segundo e no terceiro trimestres, e as projeções para o próximo ano já são revisadas para baixo. Essa economia estagnada também reduz a margem para novas altas da taxa de juros.
Com um ano eleitoral à vista, o dilema aumenta. A inflação não cede, a renda do trabalhador já está em baixa e o cenário externo também não ajuda. É preciso ver como vai se comportar o governo cujo ministro da Economia passou os três últimos anos falando em retomada ou recuperação em V. Enquanto isso, a população empobreceu.
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