09/11/2020

16 Dias de Ativismo: mulheres reforçam luta contra violência em novembro e dezembro



O Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher, em 25 de novembro, marca o início de uma mobilização social conhecida como “Os 16 Dias de Ativismo”. A atividade vai até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos. A campanha foi criada em 1991 por movimentos de mulheres e atualmente é realizada em 159 países.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) participa da campanha. Para a secretária de Mulheres da Contraf-CUT, Elaine Cutis, Os 16 Dias de Ativismo é o momento oportuno para reforçarmos uma luta permanente. “A violência contra a mulher é uma das formas mais bárbaras de violação dos direitos humanos. Chamamos mulheres e homens a participarem da campanha para denunciar este grave problema enfrentado pelas mulheres no mundo. A violência pode atingir uma pessoa da família de qualquer um, uma amiga, filha ou colega de trabalho”, ressaltou Elaine Cutis.

O Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região também apoia a iniciativa. "Apesar dos muitos avanços que vêm sendo alcançados no Brasil, como a conquista da Lei Maria da Penha, que tem tido papel fundamental para coibir a prática da violência contra a mulher, a criação das delegacias da mulher, e mais recentemente, a lei do feminicídio, os dados da violência ainda são alarmantes. As consequências da violência trazem sérios problemas, não só a vítima, mas a sociedade como um todo. Por isso, devemos ampliar a discussão sobre o assunto, fortalecendo a luta, com fomento à campanhas  como essa, de sensibilização e conscientização da sociedade para promover uma mudança de conceitos culturais ainda muito machistas em nossa sociedade", acrescenta o presidente do Sindicato, Roberto Carlos Vicentim.

Entre as violências contra a mulher, uma das mais cruéis é o estupro, enraizado em um conjunto complexo de crenças patriarcais, poder e controle que continuam a criar um ambiente social no qual a violência sexual é generalizada. No Brasil, uma mulher é vítima de estupro a cada 11 minutos.

Retrocesso

“Vivemos neste momento conjuntural um grave retrocesso com um aumento assustador da violência contra a mulher e observamos estarrecidos o aumento da impunidade, como esse caso de estupro em Santa Catarina, em que o estuprador foi absolvido e a vítima, além de humilhada foi exposta a um linchamento moral. Repudiar e combater esse tipo de prática é dever de toda a sociedade. Estupro é crime e não pode ser atenuado”, afirmou a secretária da Mulher da Contraf-CUT.

A categoria bancária sempre teve uma forte atuação nas questões de gênero e no combate à violência contra a mulher. Neste ano, foi conquistado acordo específico com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), criando uma cláusula específica, que, além de orientações de prevenção à violência, também cria um canal nos bancos para as bancárias denunciarem violência doméstica. O canal permite acolhimento, orientação e ajuda para que a vítima possa romper o ciclo de violência. Nos meses de novembro e dezembro, a Contraf-CUT e o Sindicato divulgarão as atividades do Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher e Os 16 Dias de Ativismo.
Fonte: Contraf-CUT, com edição de Seeb Catanduva

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