06/08/2020
Lucro do Banco do Brasil chega a R$ 6,7 bilhões no primeiro semestre deste ano

O lucro líquido ajustado do Banco do Brasil no primeiro semestre de 2020 foi de R$ 6,7 bilhões, com queda de 22,7% em relação ao mesmo período de 2019, segundo análise elaborada pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). No trimestre, o lucro foi de R$ 3,3 bilhões, com redução de 2,5% em relação ao 1º trimestre do ano. Segundo o banco, destaca-se no resultado o aumento das provisões para lidar com devedores duvidosos (PCLD) Ampliada (+51,8%). O retorno sobre o patrimônio líquido (RPSL) ajustado caiu 4,7 pontos percentuais em doze meses, chegando em 10,2%.
Segundo a análise do Dieese, ao final de junho, o BB contava com 92.474 funcionários, com fechamento de 3.694 postos de trabalho em doze meses, sendo 283 no 2º trimestre de 2020. Foram fechadas 344 agências e 17 postos de atendimento bancário, desde junho de 2019, sendo uma agência e 28 postos de atendimento fechados no trimestre.
As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias caíram 1,4% em um ano, alcançando R$ 14 bilhões, enquanto, as despesas com pessoal, incluindo o pagamento da PLR, caíram 0,8% no mesmo período, totalizando R$ 10,8 bilhões. Assim, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 130,46% no semestre de 2020.
O presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Roberto Carlos Vicentim, explica que, apesar do lucro menor no 2º trimestre, a queda registrada está relacionada à provisão para empréstimos inadimplentes, que aumentou em meio à crise desencadeada pelo coronavírus. Ele reforça que os bancos são umas das poucas insitiuições que seguem com alta lucratividade mesmo em tempos difíceis, demonstrando que têm condições de atender às reivindicações dos trabalhadores.
"O BB, com toda a sua resposabilidade social, deveria seguir com seu papel estratégico do banco público no desenvolvimentoo do país, sobretudo neste momento de pandemia, mas, na contramão, fecha milhares de postos de trabalho e centenas de agências, refletindo, ainda, o sucateamento e o desprezo do governo atual pela instituição. Frente a esse cenário, defendemos um BB forte e público, com mais contratações e condições adequadas de trabalho aos funcionários", ressalta.
Nesta sexta-feira (7) será realizada nova rodada de negociação da campanha nacional dos bancários, em que será debatido emprego. Acompanhe as negociações no site e redes sociais do Sindicato.
Veja abaixo a tabela resumo do balanço ou, se preferir, leia a íntegra da análise do Dieese.
.jpg)
SINDICALIZE-SE
MAIS NOTÍCIAS
- Trabalhadores denunciam: BC atua como inimigo do país com a prática de juros altos
- Participação dos trabalhadores na gestão das empresas é de interesse público
- Sindicato denuncia abusos do Santander no Dia Nacional de Luta e reafirma defesa dos bancários
- Novas regras do saque-aniversário do FGTS entram em vigor
- Trabalhadores vão às ruas, nesta terça-feira (4), para exigir queda na Selic
- Enquete da Câmara confirma rejeição da população à Reforma Administrativa
- Centrais Sindicais se reúnem com ministro Boulos para debater pautas da Classe Trabalhadora
- Nota de Falecimento: Antônia Garcia de Freitas
- Brasil bate novo recorde de carteira assinada, no rendimento real e na queda de desemprego
- Bradesco segue demitindo enquanto lucro cresce 28,2%
- 30 de outubro de 1985: a greve das 6 horas que parou a Caixa completa 40 anos
- CUT repudia Operação Contenção que deixou dezenas de mortos no RJ
- Após cobrança do movimento sindical, BB retoma substituições temporárias
- Lucro do Santander cresce 15,1% em nove meses e chega a R$ 11,5 bilhões, enquanto banco segue fechando postos de trabalho
- PL 1739 é mais uma vez retirado da pauta de votação da CAS do Senado