Movimento sindical cobra negociação séria com BB sobre déficit operado pelo Economus
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Representantes dos trabalhadores cobraram de integrantes do Banco do Brasil negociação séria a respeito do déficit operado pelo Economus, como é chamado o fundo de pensão e o plano de saúde dos funcionários da antiga Nossa Caixa (incorporada pelo Banco do Brasil em 2009). A situação é bastante grave e deve ser tratada com seriedade por meio de negociação com representantes dos trabalhadores, a exemplo do que ocorreu com a Cassi.
A situação deficitária da Cassi (caixa de assistência dos funcionários do Banco do Brasil) foi motivo de mais de 15 meses de negociação entre representantes dos trabalhadores e integrantes da patrocinadora, o que resultou em uma proposta que não prejudicou os direitos dos associados.
O mesmo não ocorreu no Economus, já que o banco nunca aceitou negociar com os trabalhadores uma solução para o déficit, mesmo o movimento sindical insistindo nessa reivindicação há mais de três anos.
Em meados do ano foi colocado em prática o último plano de equacionamento cujos bancários associados tiveram de arcar com os custos. Trava-se apenas de uma solução paliativa a fim de empurrar o problema adiante.
Vale lembrar que a diretoria do Economus é totalmente indicada pelo banco, e a participação dos trabalhadores está restrita aos conselhos fiscal e deliberativo.
A imprensa vem noticiando que o Economus opera com rombo. A palavra rombo implica supressão de valores, falcatruas, e é importante salientar que até o momento isso nada foi comprovado.
Um dos principais motivos para o déficit deriva do pagamento de pensões e pecúlio através de regime de caixa – ou seja, o dinheiro não era capitalizado. Mas no começo do ano, a Previc (órgão regulador dos fundos de pensão) obrigou o Economus a alterar a forma de pagamento para capitalização.
Já é possível saber que o balanço deste ano será fechado com novo déficit, o que irá gerar a necessidade de novo equacionamento. Por isso, o movimento sindical cobra negociação com o Banco do Brasil, que é o patrocinador do Economus.
De acordo com as entidades que participaram de reunião sobre o plano na última quinta-feira (30), o novo gestor do Economus se mostrou favorável a uma política de aproximação com representantes dos trabalhadores. O movimento sindical espera, portanto, que essa impressão resulte em uma negociação que encontre solução para o déficit.
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