Bancário, o momento exige unidade, luta e mobilização contra ameaças de privatização!
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O movimento sindical tem se mobilizado para discutir ações unificadas em defesa dos direitos dos trabalhadores da Caixa, empregos e do banco 100% Público. O resultado desses debates foi levado à reunião da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), realizada no dia 30, na qual foram estabelecidos data e formato de uma grande mobilização nacional.
Dia 7 - Empregados da Caixa, juntamente com movimentos sociais, vão promover no dia 7 a ocupação de diversas unidades do banco público nos principais centros urbanos do país, entregando também carta aberta à população destacando a importância do banco para o Brasil e a necessidade de que permaneça 100% público.
“Um grande ataque de Temer contra a Caixa 100% Pública e sua função social, contra os empregados, empregos e direitos já tem data prevista, a próxima reunião do Conselho de Administração do banco, que deve ser realizada no dia 7, quando uma mudança no estatuto, se aprovada, pode transformar a Caixa em sociedade anônima, abrindo caminho para a abertura de capital e privatização", diz o coordenador da CEE/Caixa, Dionísio Reis.
“A direção do banco já queria votar a mudança do estatuto no último dia 18 de outubro, o que só não ocorreu graças a mobilização dos empregados, que promoveram Dia Nacional de Luta na mesma data. No dia 7, temos de estar ainda mais unidos e atuantes para barrar este ataque contra a Caixa, uma instituição fundamental para a população e o desenvolvimento do país”, acrescenta.
Caso a data da reunião do CA seja alterada, os empregados serão comunicados.
Outros ataques - Entre outros ataques de Temer à Caixa e seus empregados está a intenção de impor teto de gastos com o Saúde Caixa, plano de saúde dos trabalhadores. Além disso, a direção do banco já revogou o RH 151, que assegurava a incorporação de função para empregados comissionados por 10 anos ou mais. Em negociação com representantes dos empregados, a direção do banco negou garantia de emprego, da incorporação de função, entre outras reivindicações.
Também foi implantado, sem qualquer negociação com os representantes dos empregados, o programa Bônus Caixa, que promove a desvalorização dos salários na renda total do trabalhador, segrega empregados, impõe metas individuais, aumenta o adoecimento e incentiva a competição entre colegas.
Greve – Com o recuo do governo Temer em votar a reforma da Previdência no dia 6, uma vez que não possui votos para a aprovação, a greve geral convocada pelas centrais sindicais para o dia anterior (5) foi suspensa. Porém, trabalhadores de todas as categorias, incluídos os empregados da Caixa, devem permanecer mobilizados e em alerta para a convocação de nova paralisação.
“Assim como aconteceu nas greves gerais de 28 de abril e 30 de junho, quando os empregados da Caixa tiveram adesão maciça, a defesa da Caixa 100% Pública e dos direitos e empregos dos seus trabalhadores também estará na pauta da mobilização. Temos de estar todos em alerta para cruzarmos os braços mediante convocação. Não à reforma da Previdência, em defesa da Caixa 100% Pública e por nenhum direito a menos”, conclui Dionísio.
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