18/08/2017
Sindicato realiza reunião com funcionários do BB para debater defesa do banco público

Diretores do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região estiveram, na manhã desta sexta-feira (18), em visita à agência do Banco do Brasil, localizada no município de Itápolis.
O objetivo da reunião foi debater com os bancários os processos de desmonte e reestruturação impostos ao BB pelo governo Temer, a precarização das condições de trabalho e fortalecer a luta dos trabalhadores junto ao Sindicato na defesa do banco público.
Estiveram presentes os dirigentes Júlio César Trigo, Luiz Eduardo Campolungo, Aparecido Augusto Marcelo e o presidente da entidade, Roberto Carlos Vicentim.
Depois do fechamento de 402 agências, transformação de outras 379 em postos avançados de atendimento (PAA) e quase nove mil demissões, as condições de trabalho dos funcionários do Banco do Brasil pioraram muito.
Mesmo reduzindo o quadro e fechando agências, são estabelecidos percentuais cada vez maiores para vendas de produtos. O BB estipula metas abusivas e os gestores, com o quadro de funcionários reduzido, utilizam-se do assédio moral como ferramenta para que as unidades, pelas quais são responsáveis, alcancem os resultados impostos.
Roberto Carlos Vicentim, presidente do Sindicato, destaca que a direção do banco segue a lógica do desmonte trabalhista. “Precarizam as condições de trabalho, descomissionam, reduzem salários para depois demitirem. O desmonte do BB envolve assédio, ameaças e perseguição aos trabalhadores, que devem ter seus direitos preservados.”
“Daí a importância do bancário estar unido e organizado ao lado do Sindicato”, completa Júlio César Trigo. O diretor ressalta que a categoria é a única do Brasil que possui uma Convenção Coletiva de Trabalho e que obteve mais de 20% de aumento real no piso e verbas salariais nos últimos 10 anos graças à mobilização dos trabalhadores e seus representantes.
O cenário é de graves ataques aos direitos que o movimento sindical ajudou a categoria a conquistar. Entre os principais impactos estão emprego, remuneração e a saúde dos bancários.
“Não podemos aceitar que as mudanças da reforma trabalhista sobreponham às nossas conquistas”, defende Marcelo.
Para o diretor, defender os direitos dos trabalhadores e, sobretudo, o fortalecimento do Banco do Brasil, é defender também políticas públicas que são fundamentais para o desenvolvimento do país e o combate à desigualdade. “Sem os bancos públicos fortes, toda a sociedade perde. Neste momento, apenas nossa união e participação pode fazer a diferença. Só a luta nos garante!”
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