Lucro da instituição no primeiro semestre atinge R$ 5,164 bilhões, com alta de 67,3%
O balanço do Banco do Brasil referente ao primeiro semestre deste ano apresenta a obtenção de lucro líquido ajustado de R$ 5,164 bilhões, valor que representa alta de 67,3% na comparação com o montante apurado no mesmo período de 2016.
O lucro líquido do segundo trimestre foi de R$ 2,619 bilhões, com crescimento de 6,2% em relação aos três primeiros meses deste ano.
Segundo informou o banco, este resultado foi influenciado pelo aumento da arrecadação com tarifas cobradas dos clientes e pela redução de custos operacionais. Entra nesta conta a redução do número de funcionários, cortes na remuneração (comissionamentos) e o fechamento de centenas de agências no país.
Com isto, as despesas administrativas somaram R$ 7,864 bilhões, com queda de 1,4% no 2º trimestre ante o ano anterior. Em relação ao 1º trimestre de 2016, a redução foi de 0,9%, com destaque para a redução de 2,6% nas despesas de pessoal. Segundo o BB, o resultado geral veio do "rígido controle de gastos".
Já as despesas operacionais caíram 4,4% ante 2016, para R$ 12,68 bilhões, refletindo em parte o programa de cortes de custos no fim de 2016.
O número de colaboradores, que inclui funcionários e estagiários, caiu de 114.340 para 101.071 em 12 meses. Neste período, o banco também encerrou as atividades de 543 agências.
Ainda de acordo com o balanço, BB destinou R$ 6,66 bilhões para as PDD (Provisões para Devedores Duvidosas), com queda de 19,6% em relação ao mesmo período de 2016.
O diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Júlio César Trigo, critica o aumento no lucro da instituição às custas do processo de desmonte que o banco vem sofrendo, com o fechamento de agências e a redução de custos com pessoal.
"É óbvio que, numa gestão em que o quadro de funcionários e o número de agências é reduzido drasticamente, os principais fatores que contribuíram positivamente para o aumento do lucro do BB sejam o encarecimento de seus serviços à população. Mais uma vez o banco demonstra sua ganância sobrecarregando bancários, precarizando o atendimento e as condições de trabalho."
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