23/02/2017
Presidente do Santander no Brasil, Sergio Rial escancara a ganância dos bancos privados
.jpg)
Em evento da Apimec (Associação dos Analistas e Profissionais do Mercado de Capitais), o presidente do Santander no Brasil, Sergio Rial, comemorou a liberação do saque das contas inativas do FGTS como um “avanço no debate sobre a desregulamentação do setor bancário” e taxou o crédito direcionado ofertado por bancos públicos, fundamental para áreas como agricultura, habitação e infraestrutura, como uma distorção do sistema financeiro nacional que impede a concorrência no setor.
“Relacionar o saque de contas inativas do FGTS com o debate sobre desregulamentação do setor bancário é um equívoco. O FGTS é uma poupança dos trabalhadores direcionada para financiar o saneamento e a habitação. Isso Rial não esclarece. Enfraquecer o FGTS é o mesmo que cortar recursos para essas duas áreas, já tão carentes no Brasil”, critica a dirigente sindical e funcionária do Santander, Rita Berlofa.
Segundo Rita, ao classificar o crédito direcionado como uma “distorção”, Rial ataca os bancos públicos – Caixa, Banco do Brasil e BNDES – que operam linhas de crédito mais baratas para a habitação, obras de infraestrutura e agricultura familiar, responsável por cerca de 70% da produção de alimentos que chegam na mesa do brasileiro e 80% dos empregos no campo.
“O presidente do Santander tenta colocar a culpa das altas taxas de juros no crédito direcionado. Uma grande falácia. Primeiro pelo fato de a Selic, referência para as taxas cobradas pelos bancos, já ser alta. O que impede a concorrência não é o crédito direcionado, e sim a absurda concentração no setor bancário, no qual apenas cinco bancos detêm quase todo o mercado. Por fim, Rial não fala que um dos componentes do spread bancário, a diferença entre as taxas que os bancos pagam para captar recursos e o que cobram do cliente final, é o lucro do banco. Se quer concorrer, que diminua o spread do Santander”, destaca a dirigente.
O ataque de Rial ao crédito direcionado está alinhado com o discurso do governo Temer. Em seminário sobre o spread bancário, o atual presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, que já atuou como economista-chefe do Itaú, defendeu que as linhas de financiamento mais baratas praticadas pelos bancos públicos encarecem o custo total do crédito no país.
“Os banqueiros estão alinhados com o atual governo e sua política neoliberal desde o início. A ganância é tanta que Rial, presidente de um banco estrangeiro que já se utilizou dos lucros obtidos no Brasil para segurar o resultado da instituição na Espanha, não se constrange em atacar publicamente o crédito mais barato para áreas tão carentes como moradia e saneamento. Defende sem o menor pudor uma política econômica rentista, sem a menor preocupação com a população e o desenvolvimento do país”, conclui.
“Relacionar o saque de contas inativas do FGTS com o debate sobre desregulamentação do setor bancário é um equívoco. O FGTS é uma poupança dos trabalhadores direcionada para financiar o saneamento e a habitação. Isso Rial não esclarece. Enfraquecer o FGTS é o mesmo que cortar recursos para essas duas áreas, já tão carentes no Brasil”, critica a dirigente sindical e funcionária do Santander, Rita Berlofa.
Segundo Rita, ao classificar o crédito direcionado como uma “distorção”, Rial ataca os bancos públicos – Caixa, Banco do Brasil e BNDES – que operam linhas de crédito mais baratas para a habitação, obras de infraestrutura e agricultura familiar, responsável por cerca de 70% da produção de alimentos que chegam na mesa do brasileiro e 80% dos empregos no campo.
“O presidente do Santander tenta colocar a culpa das altas taxas de juros no crédito direcionado. Uma grande falácia. Primeiro pelo fato de a Selic, referência para as taxas cobradas pelos bancos, já ser alta. O que impede a concorrência não é o crédito direcionado, e sim a absurda concentração no setor bancário, no qual apenas cinco bancos detêm quase todo o mercado. Por fim, Rial não fala que um dos componentes do spread bancário, a diferença entre as taxas que os bancos pagam para captar recursos e o que cobram do cliente final, é o lucro do banco. Se quer concorrer, que diminua o spread do Santander”, destaca a dirigente.
O ataque de Rial ao crédito direcionado está alinhado com o discurso do governo Temer. Em seminário sobre o spread bancário, o atual presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, que já atuou como economista-chefe do Itaú, defendeu que as linhas de financiamento mais baratas praticadas pelos bancos públicos encarecem o custo total do crédito no país.
“Os banqueiros estão alinhados com o atual governo e sua política neoliberal desde o início. A ganância é tanta que Rial, presidente de um banco estrangeiro que já se utilizou dos lucros obtidos no Brasil para segurar o resultado da instituição na Espanha, não se constrange em atacar publicamente o crédito mais barato para áreas tão carentes como moradia e saneamento. Defende sem o menor pudor uma política econômica rentista, sem a menor preocupação com a população e o desenvolvimento do país”, conclui.
SINDICALIZE-SE
MAIS NOTÍCIAS
- Contratação de mais um ex-BC pelo Nubank expõe relação de interesse entre agentes reguladores e fintechs
- Luta por trabalho digno e justiça fiscal ganha destaque na fachada do Sindicato
- Dia Nacional de Luta: Sindicato denuncia fechamento de agências, demissões e adoecimento no Itaú
- Últimos dias para bancários e bancárias se inscreverem no 2º Festival de Música Autoral da Contraf-CUT
- Negociações sobre ACT do Saúde Caixa começam ainda neste mês
- SuperCaixa, problemas no VPN e Saúde Caixa foram pauta em reunião com a Caixa
- Ataque cibernético sofisticado coloca em xeque a credibilidade do sistema financeiro
- Conferência nacional marca novo momento de escuta e valorização de aposentadas e aposentados do ramo financeiro
- Sindicato participa da 1ª Conferência Nacional de Aposentadas e Aposentados do Ramo Financeiro
- Plebiscito Popular 2025: Sindicato incentiva a participação da categoria no levantamento
- Abertas as inscrições para a Conferência Livre de Mulheres no Ramo Financeiro
- Movimento sindical cobra dos bancos compromisso com saúde mental dos trabalhadores
- TST reafirma direito à jornada reduzida para empregados públicos com filhos com TEA
- Saúde Caixa: Comitês de credenciamento e descredenciamentos serão instalados a partir desta quarta-feira (2)
- Funcef: você sabe o que acontece se a meta atuarial não for alcançada?